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Detido em Lisboa ex-administrador de empresa de transportes de Angola

18 jan, 2021 - 16:15 • Lusa

Abel António Cosme é procurador pelas autoridades de Luanda. Está acusado de envolvimento em alegados desvios de fundos públicos enquanto gestor da Unicargas.

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Foi detido na zona da Grande Lisboa um cidadão estrangeiro procurado pelas autoridades judiciais angolanas desde maio de 2019, através de mandado de detenção internacional emitido por Angola, anunciou esta segunda-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Segundo a PJ, que atuou através da Unidade de Informação Criminal, o detido é um homem, de 57 anos, que "anteriormente desempenhou funções como alto cargo, na administração de uma empresa de transportes coletivos, em Angola" e que é suspeito da prática dos crimes de branqueamento de capitais, corrupção, desvio de fundos do Estado e associação criminosa.

O detido, cuja identidade não é revelada pela polícia portuguesa, foi conduzido ao Tribunal da Relação de Lisboa - instância competente para apreciar pedidos de extradição - e aguardará, em prisão preventiva, o desenrolar do processo de extradição.

Contudo, o jornal de Angola revela que se trata de, Abel António Cosme, antigo-presidente do Conselho de Administração da TCUL/Empresa de Transportes Coletivos Urbanos de Luanda, fugitivo do processo-crime “Caso CNC”, em que está acusado de envolvimento em alegados desvios de fundos públicos enquanto gestor da Unicargas.

Noutra situação, também para extradição, a PJ deteve dois cidadãos , após mandados de detenção internacionais para cumprimento de pena, emitidos pelas autoridades judiciais brasileira.

Segundo adianta a PJ, um dos detidos, de 28 anos, foi condenado no Brasil a cinco anos e seis meses de prisão pelo crime de roubo, com recurso a arma de fogo, a uma estação dos correios, crime ocorrido em março de 2013.

O outro detido procurado pelo Brasil tem 23 anos e foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão, pelo crime de tráfico de estupefacientes, factos ocorridos em junho de 2017.

Os detidos foram conduzidos ao Tribunal da Relação de Évora e aguardam agora em prisão preventiva as formalidades do processo de extradição.

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