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Covid-19

Marta Temido: "Confinamento é igual a março, mas a mentalidade das pessoas mudou"

17 jan, 2021 - 19:01 • Lusa

Ministra da Saúde afirma que parece haver um “menor incómodo face aos óbitos, internamentos e contágios" e apela aos portugueses que fiquem em casa.

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Marta Temido, ministra da Saúde, considera que a mentalidade das pessoas é que mudou em relação a março, sublinhando que as regras do confinamento são semelhantes, e apelou à responsabilidade individual para ajudar os profissionais de saúde.

Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião no Hospital Garcia de Orta, em Almada, Marta Temido admitiu que viu com preocupação a forma como os portugueses se comportaram no primeiro fim de semana, desde que entrou em vigor o novo confinamento geral.

“Não vale a pena dizer que são as exceções que justificam os comportamentos. O número de exceções que temos hoje é semelhante ao de março; a mentalidade das pessoas, a reação das pessoas é que é diferente”, considerou.

A ministra da Saúde foi mais longe, referindo que parece haver até um “menor incómodo face aos óbitos, face aos internamentos, face aos contágios” e isso, acrescentou, “não é compatível” com o combate à pandemia da covid-19.

Fazendo um ponto da situação em que todo o sistema de Saúde está “muito próximo do limite”, a governante aproveitou a presença dos jornalistas para pedir o apoio dos portugueses.

“Por favor, fiquem em casa, cumpram e façam cumprir aos outros que estão à vossa volta, porque, senão, não vamos conseguir enfrentar isto”, disse.

O pedido foi feito não só em seu nome e do Governo, mas em nome de todos os profissionais de Saúde que estão na linha da frente no combate e que não podem ser deixados sozinhos.

“Não é só a ministra da Saúde que está aqui a falar, são todos os profissionais de saúde que estão aqui a trabalhar e que também gostariam de estar com as suas famílias, gostariam de ter tido férias, gostariam de ter tido descanso e que nos dizem que não pode haver esta diferença, entre o que uns estão a passar e o que outros estão a demonstrar”, sublinhou.

E acrescentou: “Toda a gente está a fazer sacrifícios, mas precisamos de nos esforçar mais como comunidade para garantir que se separaram as cadeias de transmissão, porque senão não há sistema de saúde que aguente.

Portugal contabilizou hoje 152 mortes relacionadas com a covid-19 nas últimas 24 horas, e 10.385 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.889 pessoas, mais 236 do que no sábado, das quais 647 em cuidados intensivos, ou seja, mais nove, novos máximos em ambos os casos.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 8.861 mortes associadas à covid-19 e 549.801 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 134.011 casos, mais 5.846 do que no sábado.

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  • JORGE MANUEL NEVES P
    18 jan, 2021 COIMBRA 09:15
    Senhora Ministra....NÃO É.
  • Observador
    17 jan, 2021 Portugal 21:50
    Não não é: em Março todas as escolas estavam fechadas e logo aí, 2,5 milhões de pessoas estavam em casa
  • Agora os culpados
    17 jan, 2021 Somos nós, querem ver? 20:51
    A situação não é nada igual a Março porque aí, pelo menos as Escolas estavam totalmente encerradas. O governo em geral e esta ministra em particular, falharam na gestão e no planeamento do Inverno Covid Gripe Outras doenças, e depois do fracasso que foi a app stayway covid, agora querem passar a mensagem de que a culpa é das pessoas que não ficam em casa, quando é o próprio governo que as empurra para sair e ir trabalhar. Vão fechar escolas, industrias, algo, além de restaurantes, cabeleireiros e ginásios? Não? Então como querem que fiquemos em casa? Ah percebo, podemos sair para trabalhar e estar em contacto como toda a gente durante 5 dias à semana, não podemos é fazê-lo ao fim-de-semana, é isso? E se fosse ler o manual do Competente ministro?

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