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Coronavírus

Covid-19. Professores não são grupo de risco, defende a DGS

15 jan, 2021 - 18:16 • Lusa

Graça Freitas entende que os docentes poderão representar um risco maior em comunidade do que no exercício da profissão, "uma vez que lidam com um grupo etário que não transmite muito a doença. Só pela profissão não são um grupo de risco", defende.

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Os professores não são considerados um grupo de risco que deva ser integrado entre as prioridades de vacinação contra a Covid-19 somente pelo critério de atividade profissional, defende a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“Independentemente de serem trabalhadores em escolas, são pessoas com determinado grupo etário e determinados fatores de risco. Portanto, serão vacinados de acordo com esse risco, uma vez que pela profissão não têm um risco acrescido”, afirmou Graça Freitas numa audição por videoconferência na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social.

Questionada pela deputada do PAN Bebiana Cunha sobre a eventual priorização da vacina ao pessoal docente e não docente, face à manutenção da atividade letiva presencial no novo confinamento decretado pelo Governo devido ao agravamento da pandemia em Portugal nas últimas semanas, a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceu a importância destes profissionais “para o funcionamento do país”, mas rejeitou considerá-los um grupo de risco.

“O seu risco na comunidade poderá ser maior do que o risco no exercício da profissão, uma vez que lidam com um grupo etário que não transmite muito a doença. Só pela profissão não são um grupo de risco”, observou, acrescentando que a operacionalização da testagem em escolas “é da responsabilidade das cinco ARS [Administrações Regionais de Saúde], em conjunto com os ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde]”.

Graça Freitas rebateu ainda críticas a uma suposta indefinição em torno da política de critérios de seleção das escolas para testagem à Covid-19, assegurando que “a DGS deposita total confiança nas capacidades das ARS e ACES de se organizarem e de tratarem da aplicação destas estratégias”, enaltecendo a “responsabilidade” e “sofisticação” destas entidades para levar a cabo esse processo.

Já sobre a capacidade de testagem nacional, a diretora-geral da Saúde assegurou não ter conhecimento “de constrangimentos no fornecimento e acesso aos testes”, embora tenha reconhecido “incidências bastantes elevadas” da pandemia nos últimos dias.

A diretora foi secundada pelo diretor de serviços de Informação e Análise da DGS, André Peralta, que revelou que a taxa de positividade dos testes situa-se agora em 18%, sem deixar de notar que o “número absoluto de testes tem vindo sempre a crescer” e que a capacidade tem sido elástica e irá continuar a aumentar”, pelo que a “positividade irá diminuir” no futuro.

Portugal contabilizou hoje 159 mortes, um novo máximo de óbitos relacionados com a Covid-19 em 24 horas, e 10.663 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a DGS.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.560 pessoas, mais 192 do que na quinta-feira, das quais 622 em cuidados intensivos, ou seja, mais 11, em ambos os casos, também novos máximos.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 8.643 mortes associadas à Covid-19 e 528.469 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 125.861 casos, mais 4.046 do que na quinta-feira.

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  • Cidadao
    15 jan, 2021 Lisboa 20:20
    Claro, os políticos é que são. Por isso os querem passar para 1ª prioridade, principalmente agora que se sabe que a Pfizer não vai cumprir o acordado e vai mandar menos doses para a 1ª fase. Já viram os pobres políticos terem de esperar até depois do Verão?
  • Francisco Sousa
    15 jan, 2021 Praia da Vitória 19:02
    Santa ignorância, dra. Graça Freitas!!!
  • Professor
    15 jan, 2021 5 de out 18:43
    É a melhor desculpa que esta e os outros vendidos como ela, arranjaram para não mexer na prioridade das vacinas, que diga-se de passagem, vão começar a ter uma diminuição da chegada pelo açambarcamento e desvio para os Países ricos? Os sindicatos representativos da classe vão FAZER alguma coisa ou só vão mandar as habituais tiradas nem-carne-nem-peixe, a fingir que estão a fazer algo?

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