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CDS critica escolha de Mamadou Ba para grupo de trabalho contra racismo

12 jan, 2021 - 13:37 • Lusa

Partido critica "a deriva marcadamente ideológica seguida pelo Governo na constituição deste grupo trabalho".

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O CDS-PP acusou esta terça-feira o Governo de ter tido uma postura "marcadamente ideológica" na constituição do Grupo de Trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e à Discriminação, criticando a escolha do ativista Mamadou Ba.

Numa nota enviada aos jornalistas, o vice-presidente centrista Miguel Barbosa refere que o partido "não pode deixar de censurar a deriva marcadamente ideológica seguida pelo Governo na constituição deste grupo trabalho, ao nomear [o dirigente da SOS Racismo] Mamadou Ba ao mesmo tempo que resolveu ignorar quem mais tem feito pelo combate ao racismo".

"Para o CDS, não há racistas bons e racistas maus. Mamadou Ba encarna em si os preconceitos que diz combater e alimenta-se deles e do ódio para ter existência política. Em matéria de racismo, o pensamento de Mamadou Ba é sintetizado na citação que usou recentemente de que era preciso 'matar o homem branco'", aponta o centrista.

Miguel Barbosa afirma igualmente que "recomendações para as políticas públicas vindas deste tipo de ativistas ‘antirracismo’ são tudo menos recomendáveis".

O vice-presidente do CDS-PP considera ainda que "o Governo se esqueceu do papel insubstituível de várias instituições ligadas à Igreja Católica que têm créditos firmados e trabalho diário na integração social das diferentes etnias", pelo que "estranha" que "não tenham sido convidadas quaisquer personalidades a elas ligadas, várias com currículo que só por si justificaria a sua inclusão no grupo de trabalho".

Apontando que "o direito à igualdade e à não discriminação – constitucionalmente consagrado – é um alicerce da democracia portuguesa", Miguel Barbosa considera que "o Governo, com estes erros de palmatória, manchou este grupo de trabalho e o país nada de bom tem a esperar dele".

Na semana passada, o Governo anunciou a criação de um Grupo de Trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e à Discriminação, que agora tem cinco meses para apresentar contributos e recomendações para a elaboração de políticas públicas nesta área.

De acordo com o despacho publicado, este grupo de trabalho tem uma composição multidisciplinar, incluindo a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), especialistas e representantes de associações antirracistas.

Segundo o mesmo despacho, o grupo de trabalho será coordenado por José Reis, vogal do Alto Comissariado para as Migrações, e constituído por 15 membros, incluindo Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo.

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  • Agostinho Couto
    12 jan, 2021 Linden 23:16
    Como e que o maior racista que apareceu em Portugal ,,nem sequer e portugues longue disso e nomeado para esse pseudo lugar de combate ao racismo , quando ele e pior que os piores ,, uma pessoa que apela a morte dos brancos quando esta no apis deles , que quer que acabem com a policia , com as autoridades ,,,,como e que isto e possivel , nem na Venezuela Cuba E POR AI FORA , QUE FUTURO TERA UM PAIS NAS MAOS DESTA GENTE SEM DIGNIDADE NEM RESPEITO POR NADA NEM POR NIMGUEM
  • 72 horas
    12 jan, 2021 Para abandonar o Território 20:11
    Cedências à esquerda-caviar...
  • Ivo Pestana
    12 jan, 2021 Funchal 16:15
    O cds ainda existe? Que espaço ocupa e quem o lidera?
  • Anónimo
    12 jan, 2021 Lisboa 13:46
    O CDS e as questões que realmente importam. #sarcasmo

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