09 jan, 2021 • Marina Pimentel
Depois da matança de centenas de animais na Herdade da Torre Bela, na Azambuja, o Governo quer rever a lei da caça. E está já marcada uma reunião no dia 22, para ouvir o setor. Uma das alterações que está em causa “é a proibição dos chamados cercões”, uma forma de caça grossa que” tem aumentado muito em Portugal e Espanha nos últimos anos “e que não respeita nem a ética nem as regras previstas pela legislação nacional".
O Executivo está convencido de que o que aconteceu na Torre Bela não é um caso isolado. Os portugueses ficaram a saber pelas redes sociais que 16 caçadores, de várias nacionalidades, mataram 540 animais, numa montaria numa herdade da Azambuja, no dia 17 de Dezembro. As imagens chocaram a opinião pública.
O Ministério Público abriu um inquérito-crime e o Instituto para a Conservação da Natureza, além de suspender a licença de caça, abriu também um processo de averiguações. João Catarino, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, garantiu, no programa "Em Nome da Lei", da Renascença, que "rapidamente haverá notícias das investigações em curso”. E admite “estar convencido” de que a matança ocorrida na Azambuja "não é caso único”.
O Em Nome da Lei desta semana debateu o caso da morte de 540 animais na Herdade da Torre Bela. Foram convidados o secretário de Estado da Conservação da Natureza, João Catarino, o líder do PAN, André Silva e Jacinto Amaro, presidente da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça).