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Coronavírus

Hospitais de Coimbra e Guarda perto da rutura

05 jan, 2021 - 16:44 • com Lusa

Em Coimbra já se reconverteram espaços para receber doentes Covid e na Guarda só há camas para mais três pessoas na enfermaria Covid-19.

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O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e o Hospital da Guarda estão perto do limite da capacidade para atendimento de doentes com Covid-19.

A situação é admitida pelas administrações. Em Coimbra, falando numa conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração Carlos Santos sublinha que o quadro é complexo, nomeadamente no atendimento de doentes em situação crítica.

“Relativamente aos doentes críticos, temos neste momento uma taxa de ocupação muito superior a 90%. Não estamos no limite, mas estamos muito próximos do limite e qualquer alteração na condição clínica dos doentes internados pode fazer com que a nossa capacidade de resposta chegue ao limite”, avisa.

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra revela que está a ser necessário reconverter vários espaços para acolher os doentes com Covid-19, isto para além da suspensão de cirurgias.

“O alargamento da capacidade de resposta que está a ser feito, está a ser à custa, como referi, de alguma atividade cirúrgica não essencial. Vamos ter de utilizar e reconverter uma unidade de internamento de otorrinolaringologia para responder a doentes Covid positivos no polo HUC e vamos ter também o alargamento de duas unidades com 19 camas no HG que vão ser reconvertidas para Covid”, diz Carlos Santos.

O administrador explica que nesta altura a sua equipa tem de fazer o que pode, e não o que gostaria. “Nem sempre é possível ir ao encontro das expetativas dos profissionais como queríamos e como gostaríamos, e ter as equipas dotadas com o número de elementos que gostariam de ver. Não só porque não existem, como porque não se podem desfalcar as equipas do serviço de urgência do polo HUC porque também se tem de dar resposta a um afluxo muito significativo de um número sempre superior a 300 urgências diárias”, explica.

Guarda com espaço para mais três doentes Covid

Também o hospital da Guarda está prestes a esgotar a capacidade máxima para internamento de doentes com Covid-19, mas a Unidade Local de Saúde (ULS) assegura que o número de camas será reforçado “conforme a evolução da situação pandémica”.

“Esta manhã estavam internados em enfermarias Covid 57 doentes e 10 em Serviço de Medicina Intensiva (SMI) Covid, no Hospital Sousa Martins. A capacidade máxima é, nesta altura, de 60 em internamento Covid e 12 em SMI”, adiantou à agência Lusa o Conselho de Administração da ULS da Guarda, presidido por João Barranca.

Numa resposta escrita a um pedido da Lusa, a ULS também refere que “o número de camas e os recursos humanos afetos a esta área [Covid-19] serão reforçados conforme a evolução da situação pandémica e dos recursos humanos disponíveis” na região.

Quanto ao número de vacinas contra a Covid-19 já administradas a profissionais da ULS da Guarda, a nota indica que, até ao dia 31 de dezembro de 2020 e na primeira fase de vacinação a profissionais, “foram administradas mais de 600 vacinas”.

“Nos próximos dias serão vacinados mais de 700 profissionais”, remata a ULS da Guarda.

A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão - Lafões) gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e duas unidades de saúde familiar (A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a "Mimar Mêda", na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.286 pessoas dos 436.579 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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