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Coronavírus

Covid-19. Évora equipa pavilhão para apoiar hospital no combate à pandemia

05 jan, 2021 - 19:01 • Rosário Silva

Equipamento deverá entrar em funcionamento ainda esta semana. Numa fase inicial, o Hospital de Évora presta cuidados de saúde nesta estrutura composta por três alas, com um total de 34 camas.

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A Câmara de Évora equipou um pavilhão, na zona industrial da Horta das Figueiras, para funcionar como Equipamento Municipal de Apoio ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) a doentes com Covid-19.

Localizado junto do Centro de Formação Profissional da cidade, o espaço “foi alvo de várias intervenções de adaptação realizadas pelos serviços operacionais da edilidade”, anuncia o município, em comunicado enviado à Renascença, com a finalidade de dotar “a estrutura com as condições necessárias para apoiar o Hospital do Espírito Santo e toda a população do Alentejo que é servida por aquela estrutura hospitalar”.

A operação foi orientada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, em articulação com o HESE.

De acordo com a autarquia alentejana, o novo equipamento “ergue-se como resposta à pandemia do novo coronavírus”, depois de ter sido instalada “uma estrutura semelhante na residência universitária Manuel Álvares”, num investimento “a rondar os 75 mil euros”.

Prevê-se que o equipamento entre em funcionamento “ainda esta semana”, passando o HESE, que vai assegurar os cuidados de saúde, a dispor de “uma estrutura composta por três alas, num total de 34 camas numa fase inicial e que poderão chegar às quatro dezenas”, indica a autarquia.

O espaço dispõe também de refeitório, lavandaria e respetivos balneários “exclusivamente para os doentes”, enquanto que os profissionais de saúde e pessoal auxiliar terão “de uma forma distinta e independente” as suas próprias zonas de trabalho, um espaço de refeições bem como uma zona de descontaminação.

“Este equipamento municipal de apoio a doentes Covid-19 surge numa altura em que, infelizmente, o número de casos no Alentejo tem vindo a aumentar significativamente”, sublinha o município, que alude a “uma enorme pressão à capacidade de resposta do Hospital do Espírito Santo e dos profissionais de saúde que, neste momento, enfrentam um desafio imenso”.

No último domingo, um comunicado do Hospital de Évora dava conta de que, "devido ao extraordinário aumento de afluxo de doentes na Área Dedicada para Doentes Respiratórios e Covid-19 (ADR) do seu Serviço de Urgência Geral", os doentes infetados ou suspeitos de terem contraído o novo coronavírus com Covid-19 ou suspeitos de infeção "não devem ser encaminhados para aquela unidade".

A situação normalizou, entretanto, e a unidade hospitalar já voltou a receber doentes Covid, mas a situação esteja em constante avaliação.

No concelho de Évora, há registo de mais de 1.100 casos ativos e as maiores preocupações vão para os surtos no lar privado “A Casinha” e no lar Nossa Senhora da Visitação, da Santa Casa da Misericórdia de Évora.

Mas, "a situação mais complicada está relacionada com o distrito de Évora” e com os surtos que atingiram "vários lares de diferentes concelhos”, sendo estes que estarão "a sobrecarregar o HESE", refere o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, num vídeo dirigido à população.

O equipamento municipal, que agora fica disponível em Évora, vai dar uma preciosa ajuda, facto que levou a presidente do Conselho de Administração do HESE, Maria Filomena Mendes “a saudar a iniciativa”, destacando “a colaboração que o município tem demonstrado nestes momentos difíceis”, tendo reconhecido “a urgência da entrada em funcionamento deste equipamento".

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