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Presidência da UE. Um CCB em readaptação serve de sede ao semestre português

01 jan, 2021 - 09:16 • Lusa

Construído para albergar a primeira presidência portuguesa, em 1992, o CCB precisou de reinventar-se para acolher o novo ‘semestre’, uma vez que as salas, projetadas para acolher apenas 12 governantes, precisam agora de ‘sentar’ 27, com o distanciamento devido em tempo de pandemia de covid-19.

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A bandeira portuguesa ainda aguardava, há dias, o momento ‘estelar’ do seu hastear entre as 27 dos Estados-membros, num Centro Cultural de Belém a preparar-se para ser a sede da presidência portuguesa da União Europeia, que arrancou esta sexta-feira.

A dias do primeiro grande momento da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), que arrancou às 00h00 de hoje, o Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, continuava a ‘aperaltar-se’ para ser o palco preferencial do ‘semestre português’.

Lá fora, limpavam-se os vidros daquele que será o centro de acreditação, enquanto as bandeiras dos Estados-membros do bloco comunitário iam sendo içadas, seguindo a ordem protocolar, da Bélgica à Suécia, num teste à tensão das cordas, para assegurar que tudo funciona no dia D: o do hastear da bandeira de Portugal.

Uma gaivota guardava aquele mastro, o mais à direita – determina o protocolo comunitário que a bandeira do país que preside à UE nesse semestre dê a esquerda a todas as outras -, situado diante da instalação que será o primeiro ponto de contacto de todos os visitantes.

Ainda cheirava a tinta no centro de acreditação, onde se iam fixando os últimos elementos decorativos, entre os quais, os balcões de cortiças, ‘envoltos’ por um ‘pôr do sol’ no mar português, com gaivotas a sobrevoar. Ali, até o teto é daquele material, um dos muitos sustentáveis e locais eleitos pela ‘máquina’ da presidência, para aquele que será o primeiro momento de encontro entre Portugal e os emissários dos restantes países da UE.

A mesma cortiça adorna a ‘led wall’ instalada na entrada principal, ideal para as fotos da ‘praxe’ nas reuniões ministeriais e que deverá ser inaugurada já no dia 05, por ocasião da visita do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o primeiro grande momento da presidência portuguesa.

Diante da sala Luís de Freitas Branco, instalaram-se os painéis verdes – aparentemente ornados com musgo – que ladearão a zona de estar, onde os governantes europeus poderão encontrar mobiliário resultante do aproveitamento de resíduo florestal, fruto de um projeto de 'design' sustentável.

Esses trabalhos, e os da sala, onde o primeiro-ministro, António Costa, vai receber o presidente do Conselho Europeu, e que, em 1992, recebeu as reuniões dos 12, ainda decorriam há dias, em ritmo de contrarrelógio, como acontecia a poucos passos dali, na sala Almada Negreiros, uma das poucas ‘vocacionadas’ para os conselhos ministeriais a 27.

A estrutura de missão colocou o ênfase em reequipar e modernizar as instalações existentes, de modo a prepará-las para uma presidência que será, essencialmente, digital e, após observar ‘in loco’ o trabalho dos seus predecessores – Croácia e Alemanha -, criou um ‘set up’ próprio da era covid-19.

No CCB, as salas que alojavam os serviços foram transformadas em salas de reuniões, com iluminação, e um sofisticado sistema de videoconferência, a funcionar na perfeição, que permitirá aos ministros nacionais coordenarem os trabalhos do ‘semestre português’ desde um pequeno escritório em Lisboa.

Também o centro de imprensa, para já ainda provisório e mais reduzido – há um espaço externo a aguardar a ‘luz verde’ da pandemia às reuniões presenciais -, estava a ser adaptado aos novos tempos, com as mesas reservadas aos jornalistas à espera de acrílicos que as dividam.

Omnipresente em todo o espaço, ‘graças’ aos ‘back drops’ impressos ainda antes do Natal na gráfica Europalco, o logótipo da presidência acompanha os passos dos visitantes, com o ‘leme/sol’ a recordar o lema de Portugal para o seu semestre: “É tempo de agir”.

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