01 jan, 2021 - 12:53 • João Carlos Malta
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A Ordem dos Médicos defende que não subscreveu na totalidade a estratégia de Portugal de iniciar a vacinação contra a Covid-19, e que os profissionais e os residentes em lares, unidades de cuidados continuados e aqueles idosos que são acompanhados diretamente pelas famílias, deviam beneficiar da vacina logo numa primeira fase.
No comunidade lê-se que "ainda que corroborando que os médicos e restantes profissionais de saúde deveriam ser considerados como prioritários, defendemos junto da tutela uma mudança dos critérios de operacionalização dos grupos populacionais com fatores de risco já conhecidos, privilegiando, por exemplo, o fator idade".
Isso defende a organização liderada por Miguel Guimarães facilitaria a identificação dos grupos-alvo e permitiria reduzir a mortalidade, morbilidade e pressão nos serviços. Recorde-se que a taxa de letalidade varia de cerca de 0,3% na faixa dos 50 aos 59 anos até aos 13,6% acima dos 80 anos".
Mesmo em relação aos médicos e profissionais de saúde, a OM diz que "o fator idade e doenças associadas deveria ser considerado na seleção inicial, independentemente da unidade de saúde, região do país ou setor em que desenvolvessem a sua atividade".
Já há falhas de fornecimento na Alemanha, que foi (...)
A Ordem dos Médicos reagiu assim, na sequência de notícias que dão conta de que corroborou na íntegra a estratégia de Portugal de iniciar a vacinação contra a Covid-19 pelos profissionais de saúde.
Por isso, a OM sentiu a necessidade de clarificar que enviou ao Ministério da Saúde, a 21 de dezembro, um ofício com comentários ao Plano Nacional de Vacinação Covid-19 a que teve acesso, e que "se trata do mesmo plano publicitado pelo coordenador da task-force junto da comunicação social".
"No mesmo ofício, foi também transmitida a nossa preocupação com a falta de critérios de
operacionalização para os profissionais de saúde que não trabalham no SNS e para os cidadãos
que são seguidos exclusivamente a nível hospitalar no SNS e aqueles que são seguidos apenas nos
setores social e privado", conclui o comunicado.