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Morreu a cantora cabo-verdiana Celina Pereira

17 dez, 2020 - 20:45 • Lusa

Celina Pereira faleceu esta quinta-feira em Lisboa, aos 80 anos. Vulto da cultura lusófona, foi condecorada pelo Presidente Jorge Sampaio e também colaborou com a Renascença.

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A cantora cabo-verdiana Celina Pereira morreu esta quinta-feira em Lisboa, onde residia, vítima de doença, confirmou à agência Lusa o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente.

“Falei com o embaixador [de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro] que me confirmou o passamento da Celina [Pereira] e estou a aguardar mais informações, nomeadamente as questões do funeral e todos os detalhes”, disse o ministro.

Sem avançar mais detalhes sobre as causas e a hora da morte, Abraão Vicente disse que já falou também com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que também manifestou a sua tristeza e o seu pesar pelo falecimento da cantora, aos 80 anos.

“Neste momento inicial, todos os contactos estão a ser feitos para o senhor embaixador em Portugal que está a passar a informações para sabermos como é que nós podemos organizar aqui, para sabermos se podemos participar, estar presentes, honrar a memória da Celina”, continuou o governante.


Abraão Vicente sublinha que Cabo Verde perdeu a primeira pessoa que verbalizou a ideia de se candidatar o género musical morna a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o que acabou por acontecer há precisamente um ano.

Natural da ilha cabo-verdiana da Boavista, sobrinha de Aristides Pereira, primeiro Presidente de Cabo Verde, Celina Pereira viu o seu primeiro 'single' "Bobista, Nha Terra/Oh, Boy!", editado em 1979, mas só em 1986 lançou o primeiro disco "Força di Cretcheu" (Força do Meu Amor), que inclui histórias e cantigas de roda, brincadeira, casamento e trabalho.

Seguiu-se depois "Estória, Estória... No Arquipélago das Maravilhas" (1990), "Nós Tradição" (1993), "Harpejos e Gorjeios" (1998) e "Estória, Estória... do Tambor a Blimundo" (2004).

Em 2003, Celina Pereira foi condecorada com a medalha de mérito - grau comendadora - pelo Presidente português, Jorge Sampaio, pelo trabalho na área da educação e da cultura cabo-verdiana.

Em 2014, foi galardoada com o Prémio Carreira na 4.ª edição do Cabo Verde Music Awards (CVMA).

Celina Pereira foi colaboradora da Renascença, com participações nas emissões da Renascença/África.

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