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Governo garante mais 100 vagas no Porto, Lisboa e Algarve para alojar pessoas sem abrigo

14 dez, 2020 - 20:39 • Lusa

“Através de programas de ‘Housing First’ e apartamentos partilhados conseguimos mais 100 vagas", adianta ministra do Trabalho, que traça objetivo para, "até ao final do ano, termos assinado protocolos para abranger cerca de 580 pessoas em situação de sem-abrigo”.

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Os protocolos assinados esta segunda-feira no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo (ENIPSSA) em Lisboa, Porto e Algarve, traduzem-se em “mais 100 vagas”, revelou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Através de programas de ‘Housing First’ e apartamentos partilhados conseguimos mais 100 vagas. O objetivo é, até ao final do ano, termos assinado protocolos para abranger cerca de 580 pessoas em situação de sem-abrigo”, disse Ana Mendes Godinho que falava à agência Lusa, no Porto, depois de uma cerimónia com instituições do distrito e no mesmo dia em que decorreram sessões semelhantes em Lisboa e no Algarve.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reafirmou o compromisso do Governo já avançado em novembro numa cerimónia de assinatura de protocolos no Centro Distrital da Segurança Social do Porto quanto à continuidade deste programa no próximo ano.

“Prevemos que em 2021 sejam mais 600 as vagas [para pessoas em situação de sem-abrigo]. Isto significa que num ano e meio poderemos ter cerca de 1.100 vagas no conjunto de ‘Housing First’ e apartamentos partilhados”, disse a governante.

Esta tarde, no Porto, Ana Mendes Godinho assinou protocolos com a Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES) e a Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Nova de Gaia, bem como com a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA).

Já em Lisboa decorreu uma cerimónia com a mesma finalidade com a Associação Gaivotas da Torre de Cascais, enquanto no Algarve os protocolos foram assinados com a G.A.T.O (Loulé) e o MAPS (Portimão).

À Lusa, a ministra vincou que “esta resposta resulta de uma grande parceria entre o Instituto de Segurança Social, as câmaras envolvidas e as instituições do setor social”.

Convidada a fazer um ponto de situação sobre outras medidas ou programas para o apoio a pessoas em situação de maior vulnerabilidade devido à pandemia do novo coronavírus, Ana Mendes Godinho disse que “o Governo tem procurado multiplicar as linhas de financiamento e os programas de reforço”, nomeadamente no que diz respeito a recursos humanos e apoio alimentar.

“As próprias instituições têm de fazer face a despesas, nomeadamente com a implementação de medidas de prevenção [devido à pandemia da covid-19] que são acrescidas face à sua atividade normal. Isto tem implicações e cria necessidades de liquidez e tesouraria. O que o Governo tem feito, em termos globais para o setor social, é a implementação de várias medidas extraordinárias para apoiar as instituições”, disse a governante.

Ana Mendes Godinho destacou o MAREESS – programa de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde que é gerido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional e “até ao momento colocou cerca de 12.250 pessoas em instituições”, segundo revelou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Também duplicamos a capacidade de resposta e de abrangência do programa alimentar”, referiu a governante, especificando que em 2019 o programa alimentar abrangia 60 mil pessoas e este ano está a dar resposta a 120 mil pessoas.

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