14 dez, 2020 - 08:08 • Marta Grosso
Um estudo realizado em 34 países detetou 65 substâncias perigosas em 39 produtos de cosmética analisados. A informação é avançada nesta segunda-feira pela Zero, uma das associações que participou na investigação.
São substâncias “com potenciais impactos na saúde humana e no ambiente”, informa a associação ambiental no comunicado que enviou à Renascença.
O estudo foi promovido pelo “Danish Consumer Council” (Conselho Dinamarquês para o Consumo) e envolveu organizações de 34 países de cinco continentes.
O objetivo foi perceber até que ponto os ingredientes de 39 produtos cosméticos selecionados diferiam entre países, bem como se eram detetadas substâncias indesejáveis. A recolha da informação decorreu durante a Primavera de 2020.
Apesar de o estudo ter começado com 39 produtos, a verdade é que a amostra acabou por ser alargada a 176, devido às várias versões de um mesmo produto com conteúdos químicos diferentes.
A análise da constituição dos produtos “foi feita unicamente através da consulta dos rótulos dos produtos, não tendo sido realizadas análises complementares, pelo que não há informação sobre as concentrações de cada substância química”, indica o comunicado.
Assim, foi aplicada a seguinte escala de avaliação, usada pelo “Danish Consumer Council”:
A maioria recebeu “uma classificação C, porque contém substâncias químicas indesejáveis, ou seja, possuem um ou mais ingredientes que podem interferir com o nosso sistema hormonal, podem causar alergias ou podem ter outros impactos negativos na saúde humana e no ambiente”, refere ainda a nota da Zero.
Podem ainda ser tóxicas para a reprodução, causando, por exemplo, infertilidade. Para o ambiente, podem persistir na natureza e acumular-se também nos animais.
As associações que participaram no estudo deixam, por isso, alguns conselhos:
Eis alguns produtos em que foram detetadas substâncias indesejáveis: