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Bispo de Vila Real exorta a um Natal com menos plástico e mais solidário

12 dez, 2020 - 16:51 • Olímpia Mairos

Em tempos de pandemia “precisamos mais do que nunca da ajuda uns dos outros, para que este seja um Natal mais fraterno, próprio de irmãos que pertencem à mesma família humana e habitam o mesmo planeta, a nossa casa comum”, afirma D. António Augusto.

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O bispo da Diocese de Vila Real, na sua mensagem de Natal intitulada “Natal, a luz que brilha no meio das trevas”, convida os cristãos da diocese a “celebrarem o Natal com mais fé e esperança, abrindo o coração à grande luz que é Jesus Cristo”.

D. António Augusto Azevedo cita o profeta Isaías - “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz” - para lembrar que “ao longo dos séculos, gerações de crentes não deixaram de celebrar o nascimento de Jesus, mesmo em tempos difíceis de guerra, fome ou doença”.

Os tempos que vivemos também não são fáceis, devido à pandemia da Covid-19, e “em muitos corações reina a angústia, em várias famílias paira a tristeza e outras começam a passar dificuldades materiais”, alerta D. António Augusto.

Neste contexto e neste quadro preocupante, o bispo de Vila Real afirma que “precisamos mais do que nunca da ajuda uns dos outros, para que este seja um Natal mais fraterno, próprio de irmãos que pertencem à mesma família humana e habitam o mesmo planeta, a nossa casa comum”.

D. António Augusto Azevedo recorda que a “ajuda divina podemos descobri-la junto do presépio, contemplando a figura do Menino Jesus”, assegurando a sua prece para que a verdadeira luz do Natal, Jesus Cristo, brilhe mais intensamente em todos os corações.

“Que brilhe no seio das famílias que perderam algum ente querido, vítima da Covid-19 ou outra doença, e também naquelas que não poderão estar juntas nesta quadra festiva”, deseja o prelado.

O responsável eclesial da diocese transmontana manifesta também a sua solidariedade para com os doentes e os idosos, sobretudo os que estão nos lares dos centros sociais paroquiais, misericórdias ou de outras instituições.

“A todos, aos seus cuidadores e familiares, asseguro que estão sempre no nosso pensamento e que o Deus-Menino nunca os abandona”, afirma D. António Augusto.

Um Natal mais espiritual e mais centrado nas pessoas

Não sua mensagem de Natal, o bispo de Vila Real dirige-se também aos jovens para lhes recordar que “Jesus é o grande presente que recebemos do céu”, a “grande estrela” que há de continuar a guiar o seu caminho, e aos emigrantes, aos que estão sós ou longe das suas famílias, deseja que “sintam a companhia do Senhor”, a presença que “aquece e ilumina” a nossa vida.

“Todas as famílias da diocese são convidadas a viver este Natal de modo mais espiritual. Apesar das limitações a respeitar, dos cuidados a não esquecer e até de algumas carências, seja uma oportunidade para saborear o verdadeiro sentido cristão desta festa”, pede.

A Diocese de Vila Real encontra-se a preparar a celebração do centenário da sua criação e dedica este ano também à implementação da mensagem da encíclica ‘Laudato Si’.

Na mensagem natalícia aos cristãos da diocese, D. António Augusto faz votos para este “seja um Natal com menos plástico e mais vida, com menos exterioridade e mais interioridade, com menos aparências ou futilidades e mais gestos autênticos, menos centrado nas coisas e mais nas pessoas”.

“Um Natal com menos iluminações, mas onde brilha mais forte a Luz do presépio, aquela cujo brilho não se extingue. Um Natal em que Cristo está presente”, explica o bispo de Vila Real, exortando, como sinal desta vivência mais cristã do Natal, “cada família a iniciar a sua ceia da consoada com um momento de oração”.

A concluir a sua mensagem, o bispo de Vila Real formula votos de que “o Menino Jesus nascido em Belém conceda a todos muita saúde, vida, alegria e paz”, desejando a todos um Santo e Feliz Natal.

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