11 dez, 2020 - 23:49 • Redação
Marcelo Rebelo de Sousa admite dar posse a um governo apoiado pelo Chega, argumentando que um Presidente da República não pode discriminar partidos.
Em entrevista esta sexta-feira à SIC, o chefe do Estado e candidato à reeleição disse que o regresso da direita ao poder precisar de mais do que a soma de PSD e CDS, lembrando que o Chega de André Ventura é um partido aceite pelo Tribunal Constitucional.
"Na sequência de eleições em 2023, chega-me a proposta de formação de um Governo com maioria parlamentar, em que um determinado partido dá apoio parlamentar, não vejo razão constitucional para dizer a esse partido que não pode (...) o partido está ilegalizado? Não está. Quem é competente para ilegalizar? O Tribunal Constitucional, por iniciativa do Ministério Público", argumentou.
O chefe de Estado observou uma vez mais que no exercício das suas funções "há muita coisa que faz", mas de umas "gosta mais", e de outras "gosta muito menos".", sustenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Noutro plano, o Presidente aconselhou expectativas moderadas sobre a vacinação contra a Covid-19, admitindo que é um processo que vai ser longo.
Dos contactos mantidos com as farmacêuticas, Marcelo Rebelo de Sousa concluiu que "há vacinas atrasadas", que provavelmente não chegarão em janeiro.