12 dez, 2020 - 20:21 • Eunice Lourenço
O CDS aprovou o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente da República. A decisão foi tomada na reunião do Conselho Nacional do partido, que decorreu este sábado em videoconferência. Não foi, contudo, uma decisão pacifica. Quase um terço dos conselheiros não apoia a estratégica definida pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos.
A decisão foi tomada com 153 votos a favor do apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, 28 abstenções e 34 votos contra. Ou seja, quase um terço dos conselheiros nacionais do CDS não apoia a recandidatura do atual Presidente.
O Conselho Nacional do CDS é o principal órgão do partido entre congressos. Na abertura da reunião, o presidente do partido, defendeu o apoio à reeleição de Marcelo Líder do CDS quer Marcelo eleito na primeira volta para evitar “venezuelização” do regime - Renascença (sapo.pt). A estratégia, contudo, foi muito discutida na reunião, onde vários conselheiros defenderem que o CDS devia ter apostado numa estratégia diferente, que poderia inclusive ser de candidatura própria do CDS.
Segundo o jornal Público, Adolfo Mesquita Nunes, um dos vices de Assunção Cristas, assumiu que estaria disposto a candidatar-se e só não avançou porque a direção do CDS recusou o seu nome e não se iria candidatar contra o seu partido.
Francisco Rodrigues dos Santos foi criticado por vários conselheiros que considera uma contradição o apoio a Marcelo agora defendido com as críticas que o presidente do CDS lhe fez nos últimos meses. Um dos maiores críticos de Marcelo na reunião deste sábado foi o líder parlamentar, Telmo Correia, que considera que Marcelo tem sido um apoiante da esquerda.