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​Ex-diretor do Museu Nacional de Arte Antiga vai liderar Museu Gulbenkian

10 dez, 2020 - 17:53 • Maria João Costa

António Filipe Pimentel, antigo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, vai dirigir o Museu Calouste Gulbenkian e Benjamin Weil será responsável pelo Centro de Arte Moderna.

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Sai Penelope Curtis, entra António Filipe Pimentel. O antigo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) foi escolhido para dirigir a equipa do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, depois de ter sido anunciada a saída, em agosto, da anterior diretora que liderou o museu da Fundação durante cinco anos.

A Fundação Calouste Gulbenkian anuncia, em comunicado, que Benjamin Weil, curador e crítico de arte francês e atual diretor artístico do Centro Botín, em Santander, vai coordenar o Centro de Arte Moderna.

Tanto António Filipe Pimentel, como Benjamin Weil, “foram escolhidos na sequência de um processo de recrutamento internacional”, diz a Gulbenkian, que esclarece que “este processo, levado a cabo nos últimos meses, foi realizado com o apoio de uma empresa internacional especializada em recrutamento para instituições culturais”.

Segundo a Gulbenkian, “numa altura em que vão iniciar-se as obras de renovação do Centro de Arte Moderna, que darão forma ao projeto desenhado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, a entrada de dois novos diretores representa um reforço do investimento da Fundação quer no Museu Calouste Gulbenkian quer no Centro de Arte Moderna”.

Nas reações, António Filipe Pimentel afirma-se “honrado e seduzido” com o que diz ser um “desafio, naturalmente irresistível” de projetar a sua experiência “ao serviço do estudo, preservação e divulgação de uma coleção de referência internacional, para cuja salvaguarda foi criada uma das mais prestigiosas instituições do seu género em todo o mundo”.

Miguel Zugaza Miranda, atual diretor do Museu de Belas Artes de Bilbau e antigo diretor do Museu do Prado, já felicitou a escolha de António Filipe Pimentel e afirma que “durante a sua inspiradora direção no MNAA” mantiveram uma estreita colaboração.

No comunicado da Gulbenkian pode ler-se que Miguel Zugaza diz ainda que “a ação de António Filipe Pimentel tem sido fundamental para criar pontes entre as comunidades académicas e os museus dos dois países”.

Numa primeira reação, Benjamin Weil diz-se “encantado por poder integrar a missão generosa da Fundação Gulbenkian através do Centro de Arte Moderna”, considerando que as obras em curso “oferecem uma oportunidade para a instituição se reinventar e construir um futuro dinâmico, criar e estreitar laços de colaboração com outras áreas da Fundação, e explorar novos modos de se dar a conhecer e de atrair novos públicos”.

Weil, que foi escolhido para traçar o futuro do Centro de Arte Moderna, que, em 2022, reabrirá ao público é, segundo Vicente Todoli - antigo diretor da Tate Modern e do Museu de Serralves –, um profissional que “estabeleceu excelentes relações com artistas e museus, desenvolvendo um programa de exposições de elevada qualidade em Santander, com o apoio do Conselho Consultivo”.

Todoli, que preside ao Conselho Consultivo em Artes Visuais do Centro Botín, realça “o profissionalismo e o empenho do curador que ajudou a criar a identidade e deu projeção e reputação internacional ao Centro Botín”.

A Gulbenkian volta assim a ter dois diretores, um para o Museu, outro para o Centro de Arte Moderna, modelo que tinha sido abandonado há cinco anos, quando a Fundação optou por juntar os dois polos debaixo de uma só direção.

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