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​Web Summit: O banqueiro ambientalista

04 dez, 2020 - 18:21 • Sandra Afonso

Todo o apoio será em vão se os negócios não se atualizarem e a economia não estiver mais verde depois da pandemia de Covid-19, afirma Werner Hoyer.

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Se nada mudar nos negócios, as temperaturas aumentam mais 3 graus Celsius. O alerta é do presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), que durante a Web Summit avisou que as empresas não podem regressar aos velhos hábitos, têm que sair desta crise mais sustentáveis.

Todo o apoio será em vão se os negócios não se atualizarem e a economia não estiver mais verde depois da pandemia de Covid-19, afirma Werner Hoyer.

O banqueiro defende que já não basta sobreviver à pandemia. Admite que “temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar que os trabalhadores percam o emprego, travar a crise nas indústrias e absorver os maiores choques económicos”, mas tudo isto tem de ser feito atendendo às alterações climáticas, “num ambiente sustentável”, diz.

O presidente do BEI sustenta este apelo em números concretos. Garante que “com o regresso aos velhos hábitos nos negócios as temperaturas sobem mais de 3 graus. Temos que tornar a nossa luta contra a covid um momento de viragem na batalha pelo clima”.

É, por isso, necessário reconstruir melhor, “uma recuperação sustentável não pode ser preterida pela saída desta pandemia”, defende Hoyer.

O Banco Europeu de Investimento está empenhado em financiar a economia real, segundo o presidente. “Em março o BEI já aprovou um pacote de 28 mil milhões de euros, destinado a financiar respostas imediatas do banco e da Comissão Europeia à pandemia. Uma iniciativa mais vasta, do Fundo de Garantia Europeia, permitiu-nos desbloquear até 200 mil milhões de euros para empresas europeias, em particular PME, a espinha dorsal da economia real da Europa.”

Wermer Hoyer admite que esta pandemia não podia vir na pior altura, mas deve ser aproveitada pelas empresas para cortarem com o passado e apostarem na inovação, em soluções tecnológicas, competitivas e limpas.

Não há uma só solução, avisa, “uma bala de prata”. As empresas têm que estar disponíveis para acompanhar o desenvolvimento tecnológico e atentas às novidades. Este é um trabalho de todos e uma oportunidade única, é necessário “coragem e criatividade”, para quebrar com o passado e apostar no futuro.

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