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Covid-19. Rabo Peixe sujeita a cerca sanitária

01 dez, 2020 - 19:33 • Lusa

Por freguesias, a vila piscatória de Rabo de Peixe, com cerca de dez mil habitantes, é a que regista mais casos (61) nos Açores.

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A freguesia de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, vai ficar sob cerca sanitária a partir das 00h00 de quinta-feira e até 08 de dezembro. A população vai ser testada, anunciou esta terça-feira o Governo dos Açores.

Segundo uma nota do gabinete de imprensa do executivo açoriano, ficam interditas as deslocações, por via terrestre e marítima, entre Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, e as restantes freguesias, sendo que as autoridades de saúde vão proceder à realização de "testes rápidos à população".

Por freguesias, a vila piscatória de Rabo de Peixe, com cerca de dez mil habitantes, é a que regista mais casos (61) nos Açores.

De acordo com deliberação, fica proibida a circulação e permanência de pessoas na via pública, são encerradas todas as escolas e fixa-se a limitação da lotação máxima de um terço da respetiva capacidade na restauração, bares e outros estabelecimentos de bebidas, com ou sem espetáculo e com ou sem serviço de esplanada.

O Governo dos Açores determina ainda que, a partir das 20:00, "são encerrados os restaurantes, bares e outros estabelecimentos de bebidas, com ou sem espetáculo e com ou sem serviço de esplanada, sendo cancelados todos os eventos de natureza cultural ou de convívio social alargado".

Estão previstas exceções para deslocações necessárias e urgentes, para acesso a cuidados de saúde, assistência, cuidado e acompanhamento de idosos, menores, dependentes e pessoas especialmente vulneráveis, incluindo o recebimento de prestações sociais, bem como de profissionais de saúde e de medicina veterinária, entre outros.

A cerca sanitária vigorará a partir das 00:00 de quarta-feira até às 23:59 de 08 de dezembro de 2020, podendo as medidas previstas "ser revertidas ou revogadas a qualquer momento, tendo em conta a evolução da pandemia na região".

O presidente da Câmara da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, considerou que a cerca sanitária hoje anunciada em Rabo de Peixe é “necessária nesta fase” para conter a covid-19 naquela freguesia do concelho.

“É uma medida que julgo infelizmente ser necessária nesta fase para conter na medida possível esse contágio”, declarou o social-democrata à agência Lusa, questionado sobre a cerca sanitária a ser implementada em Rabo de Peixe.

O autarca realçou que o município tem “estado em sintonia com a nova autoridade de saúde” e defendeu que “não restava outra alternativa” à implementação de uma cerca em Rabo de Peixe, a freguesia que regista o maior número de casos de covid-19 nos Açores.

“Achámos que é uma medida que infelizmente tinha de ser tomada, a bem da saúde pública e da população”, afirmou.

O presidente da Câmara da Ribeira Grande considerou que o município “tem um papel importante” na implementação das cercas, referindo que as equipas da câmara “vão para o terreno” a partir da próxima quarta-feira para “criar as infraestruturas”.

Sobre os impactos que a medida poderá ter na população, Alexandre Gaudêncio destacou o caráter temporário dos cordões sanitários, que servirão “para poder testar em massa a população”.

“Estando em sintonia com a autoridade de saúde, concordamos com a medida e tudo faremos para que a mesma funcione no mais curto espaço de tempo possível”, apontou.

Os Açores registaram mais 18 casos de infeção por covid-19 nas últimas 24 horas.

Segundo o comunicado de hoje da Autoridade Regional de Saúde, há oito novos casos em São Miguel e dez na ilha Terceira, na sequência de 1.463 análises realizadas na região.

Foram registadas quatro recuperações e há na região 37 cadeias de transmissão ativas, sendo 26 em São Miguel, oito na Terceira, uma partilhada entre São Miguel e São Jorge, uma no Pico e outra em São Jorge.

Nos Açores, foram detetados até hoje 1.044 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, e registados 17 óbitos. Há 523 casos recuperados e mantêm-se 421 casos positivos ativos.

Estão internadas 14 pessoas, seis no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, sete no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira e um no Hospital da Horta.

[notícia atualizada às 21h32]

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