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Vacina da Pfizer aprovada no Reino Unido. Vacinação nos próximos dias

02 dez, 2020 - 07:34 • Marta Grosso

O país encomendou 40 milhões de doses, o que permitirá vacinar 20 milhões de pessoas com duas doses. Grupos de maior risco serão os primeiros. Vacina demorou 10 meses a ser desenvolvida.

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O Reino Unido aprovou a vacina do consórcio Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus e pretende a começar a vacinar os grupos prioritários já para a semana.

A notícia está a ser avançada pela BBC nesta quarta-feira de manhã, depois da publicação do secretário de saúde, Matt Hancock, no Twitter.

“A ajuda está a caminho. O Serviço Nacional de Saúde está pronto para começar a vacinar no início da próxima semana”, anunciou.


O regulador britânico, MHRA, considera que esta vacina oferece um grau de proteção até 95% contra a Covid-19, pelo que a considera segura.

Os grupos considerados de maior risco serão os primeiros a ser vacinados.

O Reino Unido já encomendou 40 milhões de doses, o suficiente para vacinar 20 milhões de pessoas com duas doses. As primeiras (perto de 10 milhões) devem chegar ao país nos próximos dias.

Esta é a vacina que mais rapidamente passou do conceito e investigação à sua aplicação – demorou apenas 10 meses a seguir os mesmos passos de desenvolvimento que o resto das vacinas, que normalmente duram uma década até serem aprovadas e entrarem no mercado.


A vacina da Pfizer/BioNTech usa um pequeno fragmento do código genético do vírus para ensinar o corpo a lutar contra o Covid-19 e construir imunidade.

Trata-se de uma vacina mRNA, uma nova classe de vacinas que utiliza um mensageiro de RNA. O RNA, ao contrário do DNA, atua diretamente na produção de proteínas. De acordo com as explicações de vários especialistas, o mRNA vai dizer às células para produzirem uma proteína micróbio-específica (o antígeno, nome que se dá a qualquer substância estranha ao organismo que desencadeia a produção de anticorpos). O antígeno é reconhecido pelo sistema imunitário do corpo e induz a resposta antivírica.

As vacinas mRNA são tidas como mais seguras por poderem ser administradas em pacientes com imunodeficiência, estando já a ser desenvolvidas para o cancro.

Apesar de a vacinação começar em breve, não são de esperar efeitos de imunização nos próximos tempos, pelo que as pessoas devem permanecer vigilantes e seguir as regras básicas de proteção contra a propagação do novo coronavírus – nomeadamente, manter o distanciamento social, lavar as mãos e usar máscara, além de cumprir o isolamento dos infetados.

É a primeira vez que uma vacina mRNA é aprovada para uso em humanos.

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