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Siza Vieira e Bruno Le Maire em sintonia: Europa tem de “recuperar soberania” industrial e tecnológica

02 dez, 2020 - 19:37 • Fábio Monteiro

Os dois governantes anunciaram projetos em conjunto entre Portugal e França na indústria, hidrogénio verde, baterias para carros elétricos e serviços cloud."Precisamos de ter a nossa própria tecnologia na Europa", afirmou Siza Vieira.

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O futuro de Portugal e França (e qualquer outra nação que faça parte da União Europeia) está dependente do “recuperar” e “reforçar” da “soberania” industrial e tecnológica da Europa. A expressão com peso geopolítico foi utilizada tanto por Bruno Le Maire, ministro da Economia francês, como por Pedro Siza Vieira, ministro da Economia e Transição Digital, numa conferência de imprensa conjunta na Web Summit.

Os dois governantes anunciaram projetos em conjunto entre Portugal e França na indústria, hidrogénio verde, baterias para carros elétricos e serviços cloud."Precisamos de ter a nossa própria tecnologia na Europa", afirmou Siza Vieira.

Questionado sobre se concorda com a taxa digital semelhante à que existe em França, Siza Vieira defendeu uma abordagem diferente. "Vamos favorecer uma abordagem multilateral, global e europeia e não nacional em relação a esses impostos digitais, esperamos que os esforços da OCDE de chegar a um acordo global para criar esses impostos cheguem a bom porto, caso contrário a União Europeia deve achar uma forma para essas empresas pagarem um imposto justo que tem faltado", disse.

Na conferência, Bruno Le Maire fez questão de lembrar que Portugal irá assumir, no dia 1 de janeiro de 2021, a Presidência do Conselho da União Europeia.

Tendo em conta as dificuldades criadas pela pandemia e as negociações ainda a decorrer para a aprovação do orçamento para a UE, o ministro francês lembrou “quanto mais cedo for implementado, melhor".

O governante deixou ainda um aviso relativo aos desafios que França (e todas as nações europeias) irá enfrentar no futuro pós-pandemia.

“Depois da crise, temos de ter consciência de que haverá vencedores e vencidos. Haverá continentes que vão sair reforçados e outros que vão sair enfraquecidos da crise, quer a nível económico como tecnológico. Precisamos de nos unir, de juntar o financiamento”, disse.

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