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Reestruturação na TAP. Fórmula avançada tem 10 anos de atraso

29 nov, 2020 - 12:03 • Pedro Mesquita , Marta Grosso

Últimas informações conhecidas dão conta do despedimento de 500 pilotos e de 750 tripulantes efetivos, entre outros ajustamentos entre a despesa e a receita. A Renascença ouviu o homem que, em 2009, presidiu a uma outra comissão de reestruturação.

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Carlos Veiga Anjos, que em 2009 coordenou a Comissão de Reestruturação da TAP, acredita que os cortes agora previstos viabilizem a companhia aérea. Mas a fórmula traçada já deveria ter sido aplicada, ressalva.

“Eu acredito que resulte uma viabilidade económica, porque isto era uma coisa que a empresa há muitos anos precisava e já devia ter sido feita em 2009, quando eu presidi a essa questão da reestruturação e a que o Governo não deu qualquer seguimento”, começa por dizer à Renascença, neste domingo.

“Nem sequer qualquer resposta. Era ministro o engenheiro Mário Lino”, acrescenta, considerando que quer PS quer PSD estiveram mal nestes últimos anos.

“Escolheram mal os sócios da empresa e agora não deviam ter entrado novamente na empresa”, defende, considerando que o Governo, ao reentrar na TAP, ficou com a criança nos braços, “sem ser reestruturada”.

“Por razões diferentes, quer um Governo quer outro não fizeram aquilo que deveriam ter feito”, conclui.

De acordo as informações que vão sendo conhecidas, o plano desenhado para a companhia aérea prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 tripulantes efetivos, a redução em 25% dos salários de todos os funcionários da empresa e a redução da frota para 88 aviões.

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