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Açores: Bolieiro cita Sá Carneiro na tomada de posse e reconhece "exigente missão"

24 nov, 2020 - 18:17 • Lusa

O novo líder da região autónoma promete diálogo com todos, incluindo os partidos da oposição, e sublinha que o Governo não é de um ou outro partido, mas “dos Açores”.

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O novo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, tomou posse esta terça-feira na Assembleia Legislativa Regional e, citando Sá Carneiro, reconheceu a "exigente missão" que tem pela frente.

"Medimos os desafios a enfrentar e sentimos a impaciência acumulada nos anos passados que sobre nós pode desabar. Mas não tememos os riscos, nem receamos a esperança. A força forja-se na luta, a firmeza no combate pelos princípios, a coragem no enfrentar da crise", declarou o social-democrata, citando uma frase de Francisco Sá Carneiro, antigo primeiro-ministro de Portugal e histórico líder do PSD, que liderou o país, acrescentando: "Em tempos muito complexos, social e economicamente, mas também politicamente".

O novo chefe do executivo regional prosseguiu, dizendo: "É com profundo e convicto sentido cívico de responsabilidade democrática, ao serviço dos Açores e da nossa autonomia política, que assumo esta muito exigente missão de liderar o XIII Governo dos Açores, resultante do quadro político e parlamentar atual".

O executivo, de coligação e com acordos parlamentares, é "feito pelo e no parlamento" e tem uma "orientação programática plural, que respeita proporcionalmente" a composição do hemiciclo açoriano, acrescentou.

Promessa de diálogo

José Manuel Bolieiro, garantiu ainda que o seu executivo construirá consensos com a sociedade e parceiros sociais, sendo que "o diálogo é o fermento e cimento" do recém-empossado Governo.

"O Governo que hoje aqui tomou posse e se apresentou, com esta missão e orgânica compatível com os seus objetivos e prioridades, está precisamente à altura dessa enorme responsabilidade. Assim confio. Estamos disponíveis para o debate plural e democrático, com respeito pela integridade das pessoas e das instituições, que representam legitimamente a vontade do povo", declarou Bolieiro.

O social-democrata falava na Assembleia Legislativa da região, na cidade da Horta, minutos depois de tomar posse como presidente do XIII Governo Regional dos Açores.

Aos partidos que formam a coligação de Governo o executivo lembrará "sempre que o Governo é dos Açores" e "aos partidos que apoiam no parlamento esta solução governativa", Chega e Iniciativa Liberal, será dito "que o Governo corresponderá aos acordos e os saberá sempre ouvir".

"Aos partidos que votarão contra este Governo, diremos que o nosso diálogo não os excluirá", prosseguiu o novo presidente do executivo.

Este, acrescentou ainda Bolieiro, será um "Governo personalista e humanista, defensor das liberdades individuais e dos direitos fundamentais consagrados constitucionalmente, que reconhece e promove a liberdade da iniciativa privada, o papel regulador do Estado e o papel fundamental da família" na sociedade.

No "centro", prosseguiu, estará o "combate à pobreza e à desigualdade e o apoio aos mais frágeis, não deixando ninguém para trás".

"Este será um Governo de diálogo com a sociedade, com os parceiros sociais, com os sindicatos e com as forças vivas da sociedade, pois governar é escutar e decidir com responsabilidade e oportunidade", sublinhou ainda o governante.

O novo Governo Regional dos Açores, que integra PSD, CDS-PP e PPM e é presidido pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, tomou esta terça-feira posse perante a Assembleia Legislativa da região.

Agora, com a entrada em funções, o novo executivo tem até 10 dias para entregar à Assembleia Legislativa o programa de Governo.

O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.

PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com o Iniciativa Liberal (IL).

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  • ilda seguro
    25 nov, 2020 lisboa 20:33
    O Sá Carneiro ainda não parou de andar ás voltas na tumba depois dos beijos na boca entre o PSD e o Chega.

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