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China testa milhões e impõe bloqueios após detetar surtos em três cidades

23 nov, 2020 - 09:05 • Lusa

À medida que as temperaturas caem, medidas em grande escala estão a ser implementadas nas cidades de Tianjin, Xangai e Manzhouli.

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As autoridades chinesas estão a testar milhões de pessoas, a impor bloqueios e a fechar escolas depois de vários casos do novo coronavírus transmitidos localmente terem sido diagnosticados nos últimos dias, em três cidades.

À medida que as temperaturas caem, medidas em grande escala estão a ser implementadas nas cidades de Tianjin, Xangai e Manzhouli, apesar do baixo número de novos casos, em comparação com os Estados Unidos e vários países europeus.

Muitos especialistas e funcionários do Governo chinês alertaram que o vírus se alastra mais em climas frios. Os recentes surtos mostraram que existe o risco de o vírus retornar, apesar de ter sido amplamente controlado na China.

A Comissão Nacional de Saúde relatou dois novos casos transmitidos localmente em Xangai, nas últimas 24 horas, elevando o total para sete, desde sexta-feira.

A China registou 86.442 casos e 4.634 mortos desde que o vírus foi detetado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no ano passado.

Os dois últimos casos confirmados em Xangai foram contactos próximos de um outro caso: um funcionário no aeroporto internacional de Pudong que foi diagnosticado com Covid-19, no início de novembro.

No domingo, o aeroporto internacional de Pudong decidiu testar os seus funcionários, reunindo mais 17.719 amostras. As autoridades preveem testar outras pessoas nas comunidades vizinhas, caso sejam detetados mais casos.

A China tem recorrido a uma abordagem agressiva de cada vez que novos casos de transmissão local são encontrados, incluindo encerrar imediatamente escolas, isolar comunidades residenciais e bairros inteiros e fazer testes em massa.

A abordagem da China para controlar a pandemia foi criticada por ser draconiana. No início, o país isolou a cidade de Wuhan, onde os primeiros casos foram diagnosticados, durante mais de dois meses, para conter o vírus. As entradas e saídas foram interditadas e os moradores colocados em confinamento.

A China autoproclama a sua solução, no entanto, como uma lição a ser estudada por outros países.

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