20 nov, 2020 - 07:35 • Pedro Filipe Silva , Marta Grosso
Partem nesta sexta-feira para Roma os jovens que vão receber, perante o Papa Francisco, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que se vai realizar em Lisboa em 2023.
A entrega estava prevista para a abril, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19. “Tínhamos centenas de jovens que iam receber a Cruz. Em abril, também eram esperadas, do lado do Panamá, que foi quem organizou a Jornada anterior, centenas de pessoas. O calor humano de panamenses como portugueses ia ser muito maior”, refere à Renascença o secretário executivo da organização da Jornada, Duarte Ricciardi.
“Agora, face aos constrangimentos e tudo o que estamos a viver, tivemos de reduzir muito esta comitiva. Temos 10 jovens que simbolicamente vão participar na cerimónia e receber a Cruz e o ícone da Jornada em nome de todos os jovens portugueses”, adianta.
Apesar de diferente, o programa não será vivido com menos emoção. “Temos dois pontos altos do programa. No sábado de manhã, vamos ter um encontro com o cardeal D. José Tolentino Mendonça, na Igreja de Santo António dos Portugueses, onde vamos ter uma catequese e depois a eucaristia, presidida pelo D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa”, começa por referir Duarte Ricciardi.
“Depois, no domingo, dia 22, vamos ter uma eucaristia presidida pelo Papa Francisco e nessa eucaristia é que os jovens de Portugal vão receber da mão dos jovens do Panamá, a Cruz e o ícone da Jornada Mundial da Juventude. Esses são os dois momentos principais”.
Entrevista a Duarte Ricciardi
No dia em que se deu a conhecer a “marca” da Jorna(...)
A entrega da Cruz e do ícone de Nossa Senhora é o ponto de partida para a jornada, agora com algo mais palpável. “É um momento simbólico, se calhar o pontapé de saída desta preparação que fazemos em conjunto com os jovens para 2023”, diz o secretário executivo.
“Passamos a ter algo mais palpável aqui em Portugal: os símbolos das jornadas vão passar a estar, para já aqui em Lisboa, mas depois peregrinar por Portugal. Para os jovens, é esse sinal mais presente do que vai acontecer daqui a três anos e todo o caminho que vamos fazer até lá”, reforça.
Duarte Ricciardi diz também que este é também um momento marcante para quem tem a responsabilidade de levar este evento a bom porto.
“Estes momentos são sempre fortes de motivação para quem está a trabalhar neste projeto. E, especialmente nesta altura, com tantas incertezas, com os adiamentos que já existiram. É assim um sinal forte de que estamos a avançar e de que o caminho está a seguir e acho que isso é motivante”, afirma à Renascença, na véspera da partida para Roma.
É a primeira vez que a Jornada Mundial da Juventude se realiza em Portugal. Era para acontecer em 2022, mas foi adiada para agosto de 2023, devido à pandemia.
Até lá, as equipas de trabalho tratam dos preparativos, em diálogo contínuo com a Santa Sé. Há mais de três décadas que este encontro mundial de jovens serve de sinal de esperança, união e solidariedade.