Tempo
|
A+ / A-

EUA

Nova Iorque volta a encerrar escolas face a aumento de infeções por Covid-19

19 nov, 2020 - 01:11 • Lusa

As autoridades nova-iorquinas tinham indicado, no verão, que as escolas voltariam a encerrar se 3% de todos os testes feitos à Covid-19 em toda a cidade tivessem resultado positivo.

A+ / A-

Veja também:


Nova Iorque vai encerrar novamente todas as escolas da cidade a partir desta quinta-feira, para mitigar a propagação do novo coronavírus, anunciou o autarca, Bill de Blasio.

As autoridades nova-iorquinas tinham anunciado, durante o verão, que as escolas voltariam a encerrar se 3% de todos os testes feitos à presença do SARS-CoV-2 em toda a cidade tivessem resultado positivo.

O rácio de infeções contabilizadas aproximou-se desta percentagem na última semana, razão pela qual Nova Iorque decidiu voltar atrás no regresso do ensino presencial e Blasio aconselhou, na altura, os encarregados de educação para se preparem para o encerramento das instituições de ensino dentro de dias.

O 'mayor' da 'Big Apple' disse também que o rácio de novos contágios ultrapassou esta semana os 3%.

Nova Iorque tem mais de um milhão de estudantes no ensino público que agora continuarão os estudos inteiramente 'online'.

Até ao final de outubro, apenas 25% dos estudantes tinha regressado às aulas presenciais, uma percentagem mais baixa do que aquela prevista pelas autoridades nova-iorquinas.

O regresso às aulas presenciais foi faseado: em 21 de setembro para as creches e estudantes com necessidades educativas especiais, em 29 de setembro para o ensino básico e 01 de outubro para o secundário.

Na altura, a percentagem de pessoas cujo resultado da testagem à presença do novo coronavírus era positivo, durante um período de sete dias, era menor do que 2%.

Apesar da reabertura, mais de 1.000 estabelecimentos de ensino estiveram temporariamente encerrados durante este período, devido ao conhecimento de vários casos de Covid-19 e ao aumento do número de infeções em várias secções da cidade, que obrigou a confinamentos nessas zonas.

À semelhança do resto do país, o ensino presencial em Nova Iorque parou a meio de março, altura em que a primeira vaga da pandemia atingiu os Estados Unidos.

Apesar de várias cidades norte-americanas terem decidido começar o novo ano letivo dando primazia ao ensino 'online', Bill de Blasio pressionou o regresso ao ensino presencial.

Nova Iorque, a "cidade que nunca dorme", está deserta
Nova Iorque, a "cidade que nunca dorme", esteve deserta com um primeiro confinamento em março. Recorde as imagens

O autarca democrata justificou a pressão feita com a necessidade que vários estudantes tinham de aceder a serviços apenas disponíveis nas escolas, e que os encarregados de educação precisavam do regresso das aulas presenciais para poderem regressar ao trabalho.

Também estava equacionado um regresso faseado, com uma parte dos alunos a assistir às aulas presencialmente, e os restantes elementos da turma através da 'web'.

Este regresso ao ensino presencial estava inicialmente previsto para 10 de setembro, mas foi adiado por cauda da contestação de encarregados de educação, professores – que ameaçaram fazer greve - e funcionários das escolas.

Na sequência da contestação, as autoridades nova-iorquinas comprometeram-se a contratar milhares de novos docentes e a fazer a testagem entre 10% e 20% de todos os alunos e funcionários mensalmente.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (248.687) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 11,3 milhões).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+