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Manuel Marinheiro

Presidente da Federação de Motociclismo. "Seria perfeitamente possível ter público no MotoGP"

19 nov, 2020 - 09:30 • Fábio Monteiro (entrevista) , Inês Braga Sampaio (texto)

Em entrevista à Renascença, Manuel Marinheiro acata a decisão do Governo, mas salienta que havia espaço, capacidade e "competência" para organizar um Grande Prémio de Portugal com público, no Autódromo Internacional do Algarve.

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O presidente da Federação Portuguesa de Motociclismo considera que, corrigindo o que correu mal com a Fórmula 1, havia condições para a presença de público no Grande Prémio de Portugal de MotoGP.

Em declarações à Renascença, Manuel Marinheiro salientou que a experiência ganha com a Fórmula 1 e a capacidade de 90 mil lugares sentados do Autódromo Internacional do Algarve teriam sido bases sólidas para uma organização de sucesso com adeptos.

"Corrigindo qualquer eventual situação que tivesse corrido menos bem com a Fórmula 1, seria perfeitamente possível, na minha opinião, ter público no MotoGP, cumprindo as regras e as determinações da Direção-Geral da Saúde e das entidades competentes, que o mais importante é cumprirmos aquilo que nos é determinado", refere o dirigente.

Não foi essa a decisão do Governo e, agora, "há que acatar", assume, "e ainda assim realizar o evento, que é muito importante não só para o desporto, mas para o Algarve em particular e para o país em geral":

Apesar de reiterar que "seria adequado" que o GP de Portugal de MotoGP tivesse público nas bancadas, Manuel Marinheiro admite que não é perito, nem tem "qualquer competência nessa área para decidir":

"Dou a minha opinião em função da experiência vivida com a Fórmula 1 e do que entendo ser a capacidade e competência do Autódromo Internacional do Algarve para organizar um evento em segurança", reforça.

Críticas à representação do GP de Fórmula 1


O presidente da Federação Portuguesa de Motociclismo lamenta, ainda, a forma "lesiva e abusiva" como foi retratada, por fotografias do público e imagens da imprensa, a organização do Grande Prémio de Fórmula 1.

"Em algumas das imagens que transmitiram e algumas das imagens tiradas de forma oblíqua ou lateral às bancadas, posso dizer que, se tirasse a imagem de frente ou de cima, via lá o distanciamento adequado. Tudo depende da perspetiva que se tem. Não estou com isto a dizer que correu tudo 100% como deveria ter corrido, mas que houve muitas imagens que, além de lesivas, foram abusivas, porque quiseram mostrar uma imagem que não era a realidade", assinala o dirigente.

Manuel Marinheiro também critica o trabalho das televisões, que na sua opinião deram tempo de antena a pessoas "que optaram por não comprar bilhete e que estavam deitadas dentro de carrinhas, do lado de fora, para ver o espetáculo sem pagar". Em vez de se focarem nas pessoas "que compraram bilhete e que estavam de acordo com todas as regras".

O Grande Prémio de Portugal de MotoGP realiza-se no domingo, 22 de novembro. A ação começa na sexta-feira, dia das primeiras duas sessões de treinos livres das três categorias do Mundial de Motociclismo.

Títulos de Moto2 e Moto3 decidem-se em Portugal

Com o título decidido na categoria rainha, garantido por Joan Mir em Valência, Miguel Oliveira, 10.º classificado, ainda tem possibilidades de subir algumas posições.

É no Algarve, no entanto, que se vão decidir os títulos de Moto2 e Moto3. Enea Bastianini, Sam Lowes e Luca Marini são os pilotos com hipóteses de serem campeões em Moto2.

Albert Arenas, Ai Ogura e Tony Arbolino são os pilotos ainda com possibilidades de vencerem o título em Moto3.

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