18 nov, 2020 - 15:01 • Cristina Nascimento
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A ministra da Saúde, Marta Temido, chama a atenção que cerca de um terço (33%) dos internados com Covid-19 nas unidades hospitalares tem entre 40 e 69 anos.
A informação foi avançada pela governante na habitual conferência de imprensa para acompanhar a evolução da pandemia em Portugal.
Temido revelou que 63% dos internados com Covid-19 têm mais de 70 anos e apenas 4% são referentes a pessoas com menos de 40 pessoas.
"Referimos estes dados para que todos percebam com clareza que não são só as pessoas que contraem doença em determinadas idades, numa fase mais avançada, que originam situações de internamento e de necessidade de internamento hospitalar", disse a ministra.
A ministra avançou ainda que, dos 5.891 casos contabilizados nas últimas 24 horas, mais de mil são de pessoas com idades entre os 40 e os 49 anos, e outras 425 têm mais de 80 anos.
"O grupo etário predominante a contagiar-se situa-se entre os 40 e os 49 anos, mas há um número significativa de pessoas com idade avançada e isso continua a ser um dado que inspira preocupação", acrescentou.
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Nesta conferência de imprensa, a ministra da Saúde mostrou-se ainda preocupada “com elevada incidência” da doença em Portugal e identifica a região Norte como “ponto fulcral de transmissão”.
De acordo com os do Instituto Nacional De Saúde Dr Ricardo Jorge (INSA), citados pela ministra, Portugal regista uma taxa de incidência, nos últimos 14 dias, de 726,2 casos por cada 100 mil habitantes, sendo que há "variações muito significativas entre o país", ressalvou a governante.
"A região Norte tinha 1.264 casos por 100 mil habitantes, a região Centro 505 casos, Lisboa e Vale do Tejo, 498 casos, o Alentejo 291 casos e o Algarve 265 casos. Num momento em que se fala de níveis de incidência diversos parece ser importante sublinhar isto", destacou.
Tal como a Renascença tinha avançado, a ministra da Saúde reconheceu que os profissionais de saúde poderão ter de alterar os planos de férias que tinham para as últimas semanas do ano.
"É uma decisão difícil, um esforço adicional que se pede aos profissionais de saúde e que se poderá ter de pedir a outros profissionais de outras áreas", disse.
Marta Temido revelou que, ao abrigo do que foi decidido em Conselho de Ministros, na região Região Norte já há profissionais que não são da área da saúde a fazer rastreios de contactos de casos positivos.
"A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte está a trabalhar com uma nova metodologia que permite o envolvimento de profissionais que não da área da saúde na elaboração dos rastreios de contactos. Há profissionais do Ministério da Defesa e da Administração Pública que estão a colaborar ou a iniciar a colaboração nas atividades de rastreios e isso é algo que se pretende acelerar nos próximos dias de forma a entrar em dezembro com aquilo que era o atraso no seguimento de contactos recuperados", detalhou.
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