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Direção de Cultura do Norte investe no Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro

16 nov, 2020 - 13:52 • Olímpia Mairos

O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras, é uma das mais antigas instituições monacais do território português.

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A Direção Regional de Cultura do Norte está a realizar duas ações de conservação e restauro no Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras. As obras estão integradas na Operação Mosteiros a Norte, cofinanciada pelo Programa Norte 2020.

“O investimento global previsto para as duas intervenções ronda os 140 mil euros, estando já a decorrer a ação de conservação e restauro de dois retábulos da nave da Igreja, retábulos de Nossa Senhora das Dores e de Santo António e respetivas esculturas”, indica em comunicado a DRCN.

O objetivo da intervenção é melhorar a estabilidade estrutural, “valorizando-se a vertente conservativa e restituindo, sempre que possível, uma leitura integrada do conjunto”, acrescenta o comunicado.

Das obras a realizar no imóvel, segundo a DRCN, destacam-se os trabalhos de “reabilitação pontual do piso térreo da galeria do claustro, da rosácea e da torre da Igreja, prevendo-se o isolamento do pavimento da torre sineira e a colocação de filtros UV na rosácea e janelões do coro-alto”.

As intervenções deverão estar concluídas no início do 2º trimestre do próximo ano.

De acordo com a DRCN, o Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro é uma das mais antigas instituições monacais do território português, documentada desde o ano 853, foi transferido de local e reconstruído nos séculos XI e XII, embora pouco reste das campanhas construtivas empreendidas pelos monges beneditinos dessa época.

“Em 1112 recebeu carta de couto de Dona Teresa e foi patrocinado pela importante família dos Sousões de Ribavizela. Tornou-se um dos grandes potentados da região, acumulando vasto património fundiário e influência política”, assinala a DRCN.

O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro localiza-se na interseção de duas das principais vias medievais da época – uma que ligava o Porto a Trás-os-Montes, por Amarante, e uma segunda que ligava a Beira a Guimarães e Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei.

O monumento “evidencia a significativa importância deste conjunto monástico Beneditino na região”, assinala a DRCN, explicando que era nestes espaços que os reis se instalavam nas suas viagens e nos quais os peregrinos se albergavam e recebiam assistência.

“O poder da família que efetuou as doações e as dádivas dos fiéis permitiram a Pombeiro assumir-se como um potentado na região. Bens imóveis e padroados foram-se somando ao património do Mosteiro, que chega a possuir 37 igrejas e um rendimento anual muito cobiçado, proveniente das rendas e dos dízimos”, conclui em comunicado a DRCN.

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