16 nov, 2020
Era aguardado com enorme e justificada expectativa o jogo do estádio da Luz, que poderia vir a carimbar o passaporte português para as meias-finais da Liga das Nações.
Afinal, não foi possível utilizar esse instrumento indispensável, não sendo assim possível reeditar o título alcançado na primeira edição desta competição europeia. Convirá para já afirmar, sem tibiezas, que a França venceu sem mácula a seleção portuguesa por um resultado que, inclusive, ficou a pecar por escasso.
Não fora a enorme atuação do guarda-redes Rui Patrício, sobretudo na primeira parte do jogo, e todos estaríamos hoje a lamentar pesada punição.
O que se passou então? Simplesmente o contrário daquilo que há pouco mais de um mês aconteceu em Paris no Stade de France, entre as duas mesmas seleções. Aí, os comandados de Fernando Santos foram ofensivos, conseguiram controlar o jogo, e nunca deram aos seus adversários hipóteses de chegarem com êxito às balizas lusas.
No estádio da Luz, a nossa seleção foi medrosa, não revelou capacidade para desmontar a bem formada teia francesa, com um meio campo de classe extraordinária, e quando decidiu invadir as ameias contrárias já era tarde demais porque do outro lado estava tudo muito bem organizado, impedindo incursões estranhas aos seus interesses.
Fernando Santos haveria de reconhecer os erros e culpar-se a si próprio por deles ser o seu principal responsável.
Portanto, acabou-se por agora, porque o jogo de terça-feira, em Split, com a Croácia, só conta apenas para cumprir calendário.
Carpir mágoas de nada adianta, porque o importante é manter confiança no selecionador e nos jogadores por ele escolhidos.
A seleção já perdia há muito tempo, o seu percurso é motivo de satisfação, os resultados alcançados estão muito para além de todas as expectativas.
Por isso, haja compreensão e tento nas palavras.