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Évora

Instalação artística alerta para impacto da ação humana no “planeta azul”

13 nov, 2020 - 11:04 • Rosário Silva

Da autoria de Gabriel Seixas, os trabalhos “são materializados em ferro e mármore da região”, com “a iluminação no seu interior a ser feita através de lâmpadas LED azuis”, representando a Terra.

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Cinco esculturas do artista Gabriel Seixas constituem a instalação “Crucificação do Planeta Azul” que pode ser apreciada, na Praça de Sertório, em pleno centro histórico de Évora.

Alertar para as consequências da ação humana na sustentabilidade do planeta é o objetivo desta instalação de luz, patente até abril de 2021.

“Pretende-se sensibilizar o ser humano a refletir, enquanto habitante do planeta, na forma como vive e como o utiliza, enquanto consumidor de bens, que pelas suas características de manufaturação contribui para a degradação da sua sustentabilidade”, explica o autor, Gabriel Seixas.

São cinco esculturas, que correspondem a cinco temas: consumo de combustíveis fósseis, água potável, materiais utilizados nas construções (responsáveis por mais de 30% do efeito de estufa), devastação das florestas e também acumulação de plástico nos oceanos.

“Os cinco temas referidos são abordados plasticamente nas esculturas, procurando assim uma unidade estética, formal e intrínseca ao conceito da instalação de luz”, indica, em comunicado, a Câmara Municipal de Évora, promotora da exposição.

Os trabalhos “são materializados em ferro e mármore da região”, com “a iluminação no seu interior a ser feita através de lâmpadas LED azuis”, representando “o planeta azul”.

O escultor esclarece que “as esferas, que representam o planeta Terra foram executadas com milhares de peças em mármore numa espécie de forma, de peças de engrenagem mecânica, roda dentada, e de puzzle”.

A instalação apresenta o planeta, acrescenta o artista, “como um sistema onde tudo tem a sua função e trabalha em harmonia total e somos nós, seres humanos, que estamos a interromper o ciclo natural desse funcionamento.”

Natural do Fundão, onde nasceu em 1963, Gabriel Seixas frequentou o curso de Arte e Design, tendo iniciado o seu trabalho como escultor em 1989.

Atualmente, vive e trabalha no seu atelier e galeria, em São Miguel de Machede, freguesia do concelho de Évora. Do seu percurso artístico constam diversas exposições individuais, coletivas, simpósios e bienais.

O escultor foi distinguido com oito prémios na área das artes plásticas e encontra-se representado em coleções particulares em Portugal e no estrangeiro.

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