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Pro.Var contesta apoios à restauração. São uma "tentativa de achatar o valor de compensação" aos empresários

12 nov, 2020 - 23:23 • José Carlos Silva , André Rodrigues

Daniel Serra considera "pouco séria" a medida anunciada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro. Em causa está a compensação de 20% das perdas do setor nos próximos dois fins de semana.

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A Pro.Var – Associação Nacional de Restaurantes – contesta as restrições previstas para o setor nos próximos dois fins de semana.

Esta quinta-feira, após o Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou um novo apoio extraordinário para a restauração, que permitirá aos empresários receber uma compensação correspondente a 20% das perdas que sejam registadas nos próximos dois fins de semana, em que os estabelecimentos de restauração terão de fechar a partir das 13h00.

O cálculo vai ser feito a partir da média dos 44 fins de semana do ano, desde janeiro até outubro, algo que “não é sério”, defende, em declarações à Renascença, Daniel Serra que considera que seria mais justo fazer as contas partindo do volume de faturação registado no período homólogo de 2019.

Para o responsável da Pro.Var, a compensação anunciada pelo Governo “é uma tentativa de achatar o valor de compensação aos restaurantes”.

Daniel Serra avisa que a situação que se vai viver no setor, nos próximos dois fins de semana, será bem pior, porque “os restaurantes vão estar fechados, com as portas abertas”, à semelhança do que já tem acontecido durante a semana, praticamente sem clientes”.


Centros comerciais aceitam regras e dizem-se otimistas

Solidária com a “situação delicada dos empresários da restauração”, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) considera que os esclarecimentos de António Costa acabaram com as dúvidas que existiam.

À Renascença, António Sampaio de Matos defende que as medidas devem ser aceites, tal como foram apresentadas, porque “foram tomadas tendo em conta as questões da saúde pública”.

Sampaio de Matos mostra-se, ainda assim, otimista e prevê que “apesar de tudo, as lojas vão sobreviver, porque muitas destas atividades poderão ser recuperadas as vendas nos dias que se seguem e nos próximos tempos até ao Natal”.

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