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Covid-19. Algarve poderá ter mais autarquias na lista dos concelhos de risco

12 nov, 2020 - 14:03 • Manuela Pires

O concelho da Batalha, o único no distrito de Leiria que integra a lista dos 121 concelhos de risco, pode sair da lista. Faro, Portimão e Viseu admitiram já que os números de novos casos de Covid 19 estão acima da "linha vermelha" estabelecida pelo Governo.

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O Governo deve anunciar na tarde desta quinta-feira quais são os concelhos que entram e saem da lista dos 121 considerados de alto risco para o contágio da Covid-19 e que há 15 dias têm medidas mais restritivas.

Os municípios de Faro e Portimão revelaram, na quarta-feira, que os números de novos casos de Covid-19 nos respetivos concelhos estão acima "da linha vermelha", o que poderá implicar a implementação de medidas mais restritivas no âmbito do estado de emergência em vigor.

Contactado pela Renascença, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Pina, não quis citar qualquer concelho em concreto, mas reconheceu que os casos estão a aumentar e podem ser abrangidos pelos critérios definidos pelo Governo.
“Ainda não temos números dramáticos, como no resto do país, mas tempos subidas fruto de alguns surtos”, diz António Pina, rematando: "Énexpectável que alguns concelhos entrem na lista de risco de contágio."

Batalha sai da lista

A Batalha, o único no distrito de Leiria na lista, vai sair porque tem, nesta altura, “apenas 23 casos positivos em seis mil habitantes”, segundo garante à Renascença o presidente da Câmara.
“A indicação que tenho do membro do Governo que acompanha a pandemia aqui na Região Centro é de que vamos sair. Estamos muito abaixo do rácio de 240 casos por 100 mil habitantes”, diz Paulo Batista Santos.
Apesar desta situação, o presidente da Câmara da Batalha não fica mais tranquilo, tanto mais que o concelho está há mais de dois meses sem delegado de saúde: "A ARS do Centro e o agrupamento dos centros de saúde do pinhal litoral dizem que não há recursos”.
O autarca contesta, contudo, e afirma: "Eu conto, todos os dias, com aconselhamento técnico de muitos profissionais, eles existem, o que falta é organização e mobilizar as pessoas para as prioridades,"
Paulo Batista Santos dá o exemplo do seu concelho:“ Há seis profissionais de saúde que estão na coordenação regional e que acumulam milhares de casos, mas é humanamente impossível acompanhar todos os casos com infeção do novo coronavírus."
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