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Paulo Rangel sugere que Marcelo siga o exemplo de Soares na relação entre Presidente e Governo

06 nov, 2020 - 19:04 • José Pedro Frazão

O eurodeputado do PSD está ao lado dos autarcas nortenhos que pedem o recolher obrigatório. Apoiante de Marcelo, Rangel não gostou de ver pouco distanciamento em relação ao Governo na entrevista presidencial desta semana.

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O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defende que Marcelo Rebelo de Sousa devia ter adotado palavras de maior distanciamento em relação ao Governo na entrevista que concedeu no início da semana à RTP, após ter ouvido o primeiro-ministro e os partidos sobre uma nova declaração de estado de emergência.

O dirigente social-democrata dá até o exemplo de Mário Soares como modelo a seguir por um chefe de Estado em relação a um Governo.

"Apontar os erros é algo que o Presidente da República faz mal. Está sempre a tentar explicar as posições do Governo. Um Presidente como Mário Soares tornava o Governo de Cavaco Silva muito melhor, porque era muito exigente com esse Governo", sustenta Rangel no programa "Casa Comum" da Renascença.

Na entrevista do início da semana, o Presidente da República assumiu que é o maior responsável pelos erros cometidos na gestão da pandemia, porque enquanto chefe de Estado fornece cobertura política ao Governo.

Rangel diz que a afirmação de Marcelo "não lhe fica mal porque quer dizer que é o mais alto magistrado da nação". No entanto, não valoriza a ideia de "cobertura política" ao Governo, sublinhando que o Presidente "não tem necessidade nenhuma" de tomar determinadas posições que secundam as do Governo.

"A conferência de imprensa que o primeiro-ministro fez no sábado só contribui para a confusão geral. Uma das coisas mais terríveis nesta programação que o Governo faz - e ninguém denuncia - é esta ideia de um confinamento ao retardador. O primeiro-ministro diz que temos que guardar medidas para mais tarde. Mas alguém acha que se nós confinarmos totalmente de 1 a 15 de dezembro, vamos salvar algum Natal?", critica Rangel.

O social-democrata mostra-se a favor do recolher obrigatório e lembra que essa posição é partilhada por exemplo por autarcas da região do Porto.

"Se o problema é sério, precisamos de tomar medidas já. Isso não é apenas pelo que permite, mas também pelo que significa, dando um sinal às pessoas de que estamos num momento especial, sem limitar o acesso ao comércio, escolas ou tribunais. Mas as pessoas irão com outra consciência, a de que estão numa situação excepcional", argumenta o social-democrata na Renascença.

Muita coisa podia ter sido planeada e evitada. è preciso ter uma voz clara. E ssabemos que só há estado de demergenvi porque o PR o impôs, porque o PM nesta e na vez anterior não queria. Está em estado de negação.

Comentários
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  • António dos Santos
    07 nov, 2020 Coimbra 00:28
    Este gajo oportunista só quer sangue e não boa convivência entre as instituições!!!! A atitude de Sua Excelência o Presidente da República, é um exemplo para todos, para bem do país. Este gajo que é um político e mau, só o é, porque deve ser um advogado incompetente. Ele que deixe de chular o país e a europa e faça-se à vida.
  • José Gaspar
    06 nov, 2020 Leiria 19:49
    Estes políticos virama casaca mais rápido que eu esfrego avista, antes o Mário Soares era tudo e mais alguma coisa agora já foi bom, como podemos nós eleitores confiar em políticos que mais aprecem cata ventos.

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