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Pandemia de Covid-19

Dia de Todos os Santos. PSP com “especial atenção aos cemitérios”

01 nov, 2020 - 11:34 • Pedro Mesquita , Marta Grosso

As autoridades pedem aos portugueses que não saiam do concelho de residência. Psicóloga Cristina Sá Carvalho diz que é preciso ter esperança, “uma dimensão fundamental do ser humano”.

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No âmbito das restrições em vigor até terça-feira, dia 3 (às 6h00), as forças de segurança estão neste domingo, Dia de Todos os Santos, atentas às deslocações para os cemitérios.

“À semelhança do que aconteceu com a Páscoa, em que foi solicitado aos cidadãos portugueses que não juntassem a família como era habitual, também neste dia vamos ter de solicitar a todos que evitem ao máximo as suas deslocações”, diz à Renascença o Intendente Nuno Carocha, da PSP.

O Dia dos Fiéis Defuntos é na segunda-feira, mas, todos os anos, centenas de portugueses antecipam a visita aos cemitérios por ser feriado na véspera (dia 1 de novembro).

“Neste domingo, se possível recordem os entes queridos que já partiram não se deslocando aos cemitérios quando estes se localizem fora do concelho de residência; façam-no de outras formas”, apela o agente.


A PSP vai estar atenta e apela “aos portugueses no sentido de evitarem aglomerados” e “situações de risco pandémico”.

“Além de todos os outros locais de passeio, vamos ter especial atenção aos cemitérios”, reforça, por fim, o Intendente Nuno Carocha.

Manter a esperança

Perante a eventual impossibilidade de deslocação ao cemitério, o que dizer às pessoas que, por estes dias, recordam os familiares e amigos que já partiram?

“Dir-lhes-ia para terem esperança, que acho que é uma dimensão fundamental do ser humano”, responde a psicóloga Cristina Sá Carvalho. “E para alimentar essa esperança consolar-nos e apreciarmos as coisas pequenas que temos no dia a dia”, acrescenta nestas declarações à Renascença.

“Em relação àqueles que perdermos, obviamente recordá-los com amor, com intensidade e também, nesse sentido, aquilo que nos deixaram na nossa vida – mais do que aquilo que nós perdemos”, refere ainda.

Cristina Sá Carvalho considera “fundamental pensarmos que estamos unidos neste esforço que atinge, não apenas a nós, mas a sociedades completas e que, do nosso esforço, da nossa resiliência resulta o bem de todos”.

“Dentro de alguns meses, vamos reunir-nos e vamos viver o que perdemos durante este tempo”, conclui.

Até às 6h00 de dia 3, terça-feira, estão condicionadas as deslocações para fora do concelho de residência, uma medida tomada no âmbito do combate à pandemia de Covid-19. Também nesse contexto, o primeiro-ministro anunciou, no sábado, novas medidas e colocou 121 concelhos em confinamento parcial – uma decisão que será revista a cada 15 dias.

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