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Pandemia de Covid-19

Costa anuncia contratação de enfermeiros reformados e mais camas em cuidados intensivos

31 out, 2020 - 20:55

Primeiro-ministro pediu empatia e cuidados rebodrados para com os profissionais de saúde. "Se nós estamos cansados, imaginem o cansaço em que eles estão. Não temos direito de dizer que estamos cansados", disse.

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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai receber um apoio extraordinário para fazer face à evolução da pandemia de Covid-19 nos próximos meses, anunciou este sábado o primeiro-ministro após Conselho de Ministros extraordinário, no qual foi decidido decretar confinamento parcial em 121 concelhos do país já a partir de quarta-feira.

"Porque não basta ter camas, ventiladores, quartos de pressão negativa, é fundamental ter recursos humanos. Isso implica este esforço que estamos a fazer", afirmou o primeiro-ministro, após o conselho de ministros extraordinário deste sábado.

António Costa anunciou a contratação de enfermeiros reformados, para reforçar as equipas de rastreamento de contactos; a aquisição de 202 camas de cuidados intensivos; e a contratação de 365 enfermeiros diretamente para os quadros das unidades hospitalares.

Já em janeiro, será aberto um concurso para mais 46 médicos intensivistas, além dos concursos que já estão a decorrer, contou.

O primeiro-ministro revelou ainda que a Linha Saúde 24 passará a poder passar a declaração de isolamento profilático para as pessoas não terem de recorrer ao centro de saúde quando precisarem de justificar faltas.

Costa disse compreender que os portugueses estejam cansados das restrições, mas pediu empatia e cuidados redobrados aos portugueses pelos profissionais de saúde. "Se nós estamos cansados, imaginem o cansaço em que eles estão. Não temos direito de dizer que estamos cansados", disse.

O Orçamento de Estado para 2021 conta com um reforço de 1.200 milhões de euros para o SNS. Ao todo, de acordo com as contas do primeiro-ministro, o SNS terá assim um orçamento de 12.100 milhões de euros, quase o mesmo valor que a bazuca europeia, frisou.

Comentários
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  • manuel ferraz
    01 nov, 2020 Porto 17:58
    Vamos esperar. Tudo vai acabar em mais uma mentira.
  • Americo
    01 nov, 2020 Leiria 11:02
    Ai agora já elogia os profissionais de saúde. Como se chamam estas pessoas ? Hipócritas ? Lamento que Portugueses estejam a morrer por uma questão de ideologia politica. Porque não usámos, desde a primeira vaga, todo o nosso "parque hospitalar, quer publico, social ou privado ? Porque é que a Sra ministra da saúde em 2018, Marta Temido foi a Évora dar uma formação a dirigentes da Gilead, a farmacêutica que acaba de ganhar um contrato de €35 milhões pelo remdesivir, que a OMS diz não ser eficaz contra a Covid-19. E ainda o caso da ex RP da Gilead que trabalha agora nos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Lisboa Central.
  • Digo eu
    01 nov, 2020 Cá 10:07
    E tencionam pagar-lhes com dinheiro ou com bolotas, como tentaram fazer com os professores chamados à pressa para preencher vagas por todo o País com o principesco salário de 550 Euros?
  • Cidadao
    01 nov, 2020 Lisboa 10:03
    Anunciar contratações é uma coisa. Efectivá-las, é outra. É como os 1500, que passaram a 3000, auxiliares das Escolas: quase nenhum foi colocado. O Costa entretém-nos com estes anúncios e com números de investimentos martelados e lá vamos sorrindo. Mas no terreno, não se percebem as alterações.

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