30 out, 2020 - 12:50 • João Cunha
“Quando o cidadão presta declarações sobre compromisso de honra, elas ficam registadas. Posteriormente, será feito um cruzamento de dados e se as mesmas suscitarem dúvidas e se se comprovar que a informação foi inválida, o cidadão incorre num crime de falsas declarações”, explicou à Renascença, esta sexta-feira, a sub-comissária Cláudia Amorim, da divisão de Cascais e comandante da esquadra da PSP de Trajouce, que esta manhã comandou uma operação de controle em Carcavelos.
Perto das nove da manhã, na rotunda junto à Nova SBE, o sentido Oeiras-Cascais da Marginal passou a ter apenas uma via, dentro da qual se formou uma fila de automóveis. À vez, os automobilistas eram questionados pelas autoridades sobre os motivos pelos quais estavam a cruzar concelhos. Sendo certo que outros automobilistas não escaparam também ao olhar atento dos elementos da divisão de trânsito, que os autuaram, por exemplo, por ter pneus em mau estado.
João Carlos segue num ligeiro de mercadorias de uma empresa de manutenção de elevadores. Concorda com a operação em curso.
“Isto cada vez está a aumentar mais e acho bem fazerem estas coisas”. Vai para o trabalho, já está atrasado e sublinha que “aqui não é o sobe e desce de todos os dias. É o para arranca”, a marcar passo, durante cerca de 15 minutos, até chegar ao local onde os agentes da PSP interpelam os condutores.
Mais atrás na fila está João Galamba.
Entende esta operação. “Claro que sim, tem toda a razão se ser. Tem a ver com o controle de uma pandemia. Por muitos constrangimentos que nos provoque, é razoável”. Mas lembra que o Supremo Tribunal Administrativo terá de legitimar este controle.
Cláudia Subtil também entende a realização deste controle. Só discorda do local. “Faz sentido”, diz. “Só que eu acho que deviam realizar isto para autoestradas ou para concelhos mais longe. Porque é um desperdício de recursos” levar a cabo operações destas dentro da Área Metropolitana de Lisboa.
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