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Coronavírus

Bélgica quase no limite de capacidade dos cuidados intensivos

26 out, 2020 - 17:58 • Lusa

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira, a Bélgica registou uma média de 12.491 casos nos últimos sete dias.

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A Bélgica está prestes a ultrapassar a barreira dos 1.000 pacientes de Covid-19 nos cuidados intensivos e poderá chegar ao limite máximo de 2.000 dentro de duas semanas, anunciaram esta segunda-feira as autoridades de saúde belgas.

“Nos próximos quatro dias, até ao final da semana, deveremos ultrapassar a barreira dos mil pacientes nos cuidados intensivos. Se não houver nenhuma alteração na curva do nosso comportamento, deveremos chegar, em 15 dias, aos 2.000 pacientes nos cuidados intensivos, que é a nossa capacidade máxima”, disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o porta-voz federal para a Saúde, Yves van Laethem.

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira, a Bélgica registou uma média de 12.491 casos nos últimos sete dias, para um total de 321.031 desde o início da pandemia, e um total de 757 pacientes de Covid-19 internados nos cuidados intensivos.

Van Laethem sublinhou a necessidade da limitação de contactos, apelando a que cada um assuma as suas responsabilidades.

Na região de Bruxelas entram esta segunda-feira em vigor novas regras, mais rigorosas do que as nacionais, com recolher obrigatório entre as 22h00 e as 06h00, ginásios, salas de espetáculos e locais de culto encerrados.

Apesar de as autoridades terem deixado de testar assintomáticos, continuam a ser realizados cerca de 80 mil testes por dia na Bélgica, sendo que um em cada cinco é positivo na média nacional e a taxa de reprodução do coronavírus SARS-CoV-2 é de 1,487.

A Covid-19 já matou 10.810 pessoas na Bélgica, país que apresenta a segunda maior taxa de incidência da doença – 1.165 por cem mil habitantes nos últimos 14 dias – da Europa, depois da República Checa (1.284).

A situação chegou a tal ponto que, segundo a BBC, na cidade de Liege as autoridades estão a pedir aos médicos que contraíram Covid-19 para continuarem a trabalhar.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.316 pessoas dos 118.686 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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