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Covid-19

Recolher obrigatório antecipado para as 22h00 em Bruxelas

24 out, 2020 - 19:25 • Lusa

A Bélgica registou este sábado 15.432 casos de infeção pelo novo coronavírus, o maior número de infeções diárias registadas no país desde o início da pandemia.

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As autoridades de Bruxelas decidiram este sábado antecipar da meia-noite para as 22 horas o recolher obrigatório imposto no país e ordenaram o encerramento das lojas às 20h00.

O anúncio foi feito pelo ministro presidente da região, Rudi Vervoort, uma decisão que vai além das adotadas na sexta-feira pelo Governo belga e que inclui ainda a proibição de atividades culturais e desportivas a partir de segunda-feira.

"A situação é muito grave", explicou Rudi Vervoort em conferência de imprensa.

A Bélgica registou este sábado 15.432 casos de infeção pelo novo coronavírus, o maior número de infeções diárias registadas no país desde o início da pandemia, anunciou o instituto de saúde pública Sciensano.

O recorde anterior ocorreu no domingo, quando 12.969 infeções pelo novo coronavírus, que provoca a Covid-19, foram detetadas no país.

Entre 14 e 20 de outubro, foram confirmados, em média, 11.201 casos por dia, o que representa um aumento de 56%, comparativamente à semana anterior.

Na conferência de imprensa, realizada na sexta-feira, sobre a situação epidemiológica, as autoridades de saúde afirmaram que o limite de 20 mil casos diários não deve demorar a ser ultrapassado.

A Bélgica e a capital, Bruxelas, sede das instituições europeias, são atualmente dos principais focos mundiais da pandemia da Covid-19, com as próprias autoridades a admitirem que a segunda vaga está a ganhar contornos de ‘tsunami’.

Com novas medidas restritivas em vigor desde segunda-feira – recolher obrigatório entre a meia-noite e as 05:00 e o encerramento de restaurantes, bares e cafés -, a Bélgica continua a bater recordes.

As autoridades belgas reforçaram na sexta-feira as medidas de combate à pandemia de Covid-19, reduzindo a presença de estudantes nas universidades e fechando ao público as competições desportivas, com o país em nível de alerta 4.

No anúncio das novas regras, que vigoram até 19 de novembro, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo, apelou para a responsabilidade individual e comportamentos coletivos dos cidadãos, de modo a evitar o recurso a um novo confinamento.

“É o nosso comportamento que determina a duração destas medidas. Nenhuma regra, nenhuma lei pode vencer este vírus, temos de nos tornar uma equipa sólida de 11 milhões de belgas para o vencer”, disse De Croo, em conferência de imprensa.

Ensino superior, desporto e cultura são as áreas mais visadas pelas novas regras, que impõem um limite de 20% de presenças de estudantes nas universidades, com uso obrigatório de máscara.

As escolas do ensino primário e secundário continuam abertas a todos os alunos.

As competições desportivas profissionais voltarão a ter lugar sem público, mesmo que decorram ao ar livre, e as amadoras ficam suspensas, salvo as dos menores de 18 anos, que poderão continuar, mas com a presença de apenas um membro da família de cada jogador.

No caso dos eventos culturais, religiosos, associativos e educativos, é permitido um máximo de 40 pessoas, mas se o espaço permitir que se cumpra a regra de 1,5 metros de distanciamento físico, podem chegar a um máximo de 200 pessoas, mantendo-se a obrigatoriedade do uso de máscara.

A oferta de transportes públicos é reforçada neste nível 4, para minimizar os ajuntamentos.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, que registou hoje um novo recorde diário de infeções com 3.669 novos casos, morreram 2.297 pessoas dos 116.109 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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