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Capacidade máxima do SNS é de 17.700 camas para a Covid-19

23 out, 2020 - 20:46 • Lusa

“A preocupação com a capacidade de resposta do SNS é constante”, assumiu Marta Temido, que reiterou ainda que todos têm o dever de não contribuir para a transmissão de infeção, “num momento difícil de evolução da pandemia em Portugal e na Europa, em que os próximos dias se anteveem complicados”.

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A capacidade máxima de resposta dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para assistência na pandemia de covid-19 é de cerca de 17.700 camas, esclareceu esta sexta-feira a ministra da Saúde. Marta Temido sublinha que há sempre a possibilidade de recorrer a outras entidades privadas ou do setor social.

Em declarações prestadas na conferência de imprensa de atualização sobre a evolução da pandemia, a governante recordou que as unidades hospitalares do SNS dispõem de uma capacidade total de cerca de 21 mil camas, mas que nem todas podem ser enquadradas num contexto de resposta potencial, pelo facto de estarem incluídas nesse número hospitais especializados, como unidades psiquiátricas

“Para efeitos de resposta potencial, estas são 19.700 camas em hospitais gerais: 34% no Norte, 21% no Centro, 36% em Lisboa e Vale do Tejo, 4% no Alentejo e 5% no Algarve. Das cerca de 19.700 camas, algumas não podem ser consideradas para resposta a picos de afluência, com camas afetas a acidentes vasculares cerebrais, problemas coronários ou neonatologia. Por regra, para a nossa contabilização são contabilizadas apenas camas médico-cirúrgicas, ou seja, 17.700. Esta é a capacidade máxima”, afirmou.

Marta Temido vincou que a gestão do número de camas para internamento “é dinâmica e relativamente flexível” e que os hospitais do SNS “dispõem de 1021 camas de cuidados intensivos e 566 de cuidados intermédios”, embora também estas tenham de ter uma parte reservada para doentes com outras patologias, como doentes coronários ou “casos específicos” graves.

O reforço da capacidade hospitalar em termos de ventiladores foi também enfatizada pela governante, que compareceu hoje pela primeira vez sozinha no ‘briefing’ sobre a pandemia, ao explicar que Portugal tinha no início da pandemia 1.142 ventiladores e que desde março foram distribuídos mais 749 equipamentos de ventilação assistida, elevando o total atual para 1.891.

“A preocupação com a capacidade de resposta do SNS é constante”, assumiu Marta Temido, que reiterou ainda que todos têm o dever de não contribuir para a transmissão de infeção, “num momento difícil de evolução da pandemia em Portugal e na Europa, em que os próximos dias se anteveem complicados”.

Portugal contabiliza hoje mais 31 mortos relacionados com a covid-19 e 2.899 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim hoje divulgado, desde o início da pandemia de covid-19 Portugal já contabilizou 112.440 casos confirmados e 2.276 óbitos.

O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, um projeto-lei do PSD que impõe o uso obrigatório de máscara em espaços públicos durante pelo menos 70 dias, medida que poderá ser renovada.

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