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Volta a Itália

“Respeito e admiração” por João Almeida

22 out, 2020 - 22:00 • Redação com Lusa

João Almeida perdeu a rosa esta quinta-feira no Giro, mas o que fez deixou o mundo do ciclismo de boca aberta.

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O ciclista João Almeida perdeu, esta quinta-feira, a camisola rosa, símbolo da liderança da Volta a Itália em bicicleta, apesar de ter feito uma boa etapa no alto do Stelvio. As reações à atuação do jovem português foram várias e elogiosas.

A equipa Deceuninck-QuickStep mostrou-se agradecida a João Almeida por aquilo que português já fez no Giro.

"Nada a não ser respeito interminável e admiração por este jovem rapaz, que durante 15 dias honrou a icónica camisola rosa do Giro", escreveu a Deceuninck no Twitter.

Também Remco Evenepoel, colega de equipa de Almeida, e que estava indicado como chefe de fila para a Volta a Itália, deixou rasgados elogios.

"Chapeau João Almeida e Deceuninck. Tiro o chapéu pela vossa coragem e determinação, campeões! Boa sorte para os próximos dias", disse no Twitter o jovem belga, que está a recuperar de lesão após grave queda.

Fausto Masnada, o ciclista que mais tempo esteve com João Almeida na etapa, lamentou que tenham perdido a rosa, mas garantiu que deu tudo na estrada para defender a camisola.

“Lamento muito por termos perdido a camisola rosa do João Almeida, mas gastei todas as minhas energias para ficar com ele o máximo de tempo possível”, escreveu.

Quem também reagiu foi o veterano Vicenzo Nibali (já vencedor das três grandes voltas).

“Hoje não foi um bom dia para mim e para o camisola rosa. O mais importante foi termos dado tudo. Boa sorte, João Almeida”, escreveu Nibali.

No final da etapa, o português admitiu que “os adversários estavam muito fortes. Estou contente com a minha prestação, foi sólida. Não se pode ser 'super' todos os dias, e hoje eles estavam mesmo muito fortes", referiu.

A “pantera”, como lhe chama a mãe, agradeceu o apoio dos portugueses, confessou que chorou na chegada ao topo do Stelvio, por ver "a família e alguns portugueses" a torcer por ele, e no fim fez um balanço de uma "etapa positiva".

"Estava no limite e sabia que não podia seguir ao mesmo ritmo [dos adversários] até ao topo, por isso levei o meu ritmo para não perder muito tempo", afirmou.

De momento, está "bastante feliz" e "muito orgulhoso por todo o apoio dos portugueses", bem como do trabalho da equipa, até porque, mesmo "sabendo que estava num bom momento", nunca esperaria passar 15 dias de rosa. "Daí a fazer isto...", comentou.

O australiano Jai Hindley (Sunweb), que assumiu a liderança da classificação da juventude, que também era do português, venceu a etapa, ao cabo de 6:03.03 horas, necessárias para percorrer os 207 quilómetros entre Pinzolo e Laghi di Cancano, à frente do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), segundo.

O espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) foi terceiro e sobe a quarto na geral, que agora é liderada por Kelderman, quinto na etapa, com 12 segundos de vantagem para Hindley, seguindo Hart em terceiro, a 15.

João Almeida, por seu lado, é agora quinto a 2.16 de Kelderman, após cortar a meta no sétimo posto e ter cedido 4.51 minutos para o vencedor, num dia que incluiu a Cima Coppi, ponto mais alto do Giro, no caso o Stelvio, a 2.758 metros.

Esta sexta-feira, a 19.ª de 21 etapas liga Morbegno a Asti, em 258 quilómetros de perfil plano, antes de nova tirada de alta montanha no sábado e o contrarrelógio final, no domingo, em Milão.

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