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Covid-19. António Costa afasta cercas sanitárias na região Norte

21 out, 2020 - 19:31 • Redação

"Estão em causa medidas que visam conter a expansão da pandemia”, garantiu o primeiro-ministro após uma reunião com autarcas em Paços de Ferreira.

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O primeiro-ministro, António Costa, afasta a imposição de cercas sanitárias ou confinamentos locais na região Norte para conter o avanço da pandemia de Covid-19.

“Não está em causa nenhuma cerca sanitária nem nenhum confinamento obrigatório. Estão em causa medidas que visam conter a expansão da pandemia”, garantiu o primeiro-ministro após uma reunião com autarcas em Paços de Ferreira.

António Costa salientou que a “explosão” do número de casos a Norte “tem origem em contágios eminentemente resultantes do convívio social”.

“Perante a previsão de aumento da pandemia na região ao longo das próximas semanas, haverá resposta por parte do Serviço Nacional de Saúde para responder as necessidades quer de internamento geral quer de internamento em cuidados intensivos”, assegurou o chefe do Governo.

O executivo vai prosseguir os seus trabalhos para “criar um conjunto de espaços alternativos para poder responder àquelas situações que não requerem internamento hospitalar diferenciado, mas que requerem cuidados ou as pessoas não têm condições para ter esses cuidados no próprio domicílio deforma a aliviar as unidades hospitalares”, salientou António Costa.

Em declarações à Renascença, na terça-feira, o presidente da Área Metropolitana do Porto e autarca de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, rejeitou a possibilidade de serem adotadas cercas sanitárias para travar os contágios na região, depois de ter sido revelado que, nos últimos dias, mais de metade dos novos casos de Covid-19 surgiram na região Norte. Vila Nova de Gaia está no topo da lista de 17 concelhos com mais casos desde o início da pandemia.

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, disse esta quarta-feira que o principal motivo para o maior número de contágios na região Norte são os eventos familiares e sociais.

Em causa estão as declarações do presidente da Área Metropolitana do Porto que, em entrevista à Renascença, garantia que o não cumprimento do desfasamento de horários de trabalho e a ocupação excessiva dos transportes públicos estaria na origem do aumento de casos na zona.

Foram registados mais 2.535 casos e 16 mortes por Covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico divulgado esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

É o segundo dia com maior aumento de infeções. O recorde foi batido a 16 de outubro, com 2.608 casos.

A região Norte é a que regista maior aumento de casos (54,4%): são mais 1.379 infeções em 24 horas e quatro mortes.

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