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Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici comentam, semanalmente, o país, os portugueses e a Europa. O ponto de vista espanhol e francês para ouvir à sexta-feira às 10h20.
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Visto de Fora - O país visto por dois jornalistas estrangeiros a viver em Portugal - 17/07/2020

​VISTO DE FORA

Uma enorme “aldeia” à procura de entendimento

17 jul, 2020 • Pedro Caeiro


Em Bruxelas estão reunidos os líderes europeus para tentar chegar a um acordo sobre a ajuda de que os 27 precisam para superar a crise provocada pela pandemia de Covid19. Haverá acordo?

Para Begoña Iñiguez, vai ser complicado chegar a um entendimento. Em Espanha considera-se uma Cimeira “histórica”, mas o problema é que todos os 27 precisam de um acordo, quer os países do sul, quer os do norte. Para a correspondente espanhola, só não se sabe quando acabrá a Cimeira, mas terá de haver acordo.

Para Olivier Bonamici, há uma urgência de um acordo e o que está em causa “não é só dinheiro, é o futuro da Europa”. Para o correspondente francês, o patriota europeu existe e sabe que “sem uma Europa forte, as nações tornam-se mais fracas e é daí que nasce o nacionalismo”, por isso Olivier acha que este projecto da soberania europeia é o que está em causa.

Nesta altura, enquanto a Europa tenta responder à parte económica, em termos pandémicos parece haver um retrocesso. Begoña explica que Espanha está a ter de lidar com pequenos surtos espalhados por várias regiões na Catalunha, em Saragoça e noutras zonas mais pequenas, mas há regiões como a Andaluzia, Astúrias, Estremadura, Castela e Leão ou a Galiza, que estão a ultrapassar relativamente bem a doença. Reconhece que há mais casos por haver mais interacção social, mas com uma mortalidade mais baixa. Em França, Macron anunciou que, a partir de Agosto, vai ser obrigatório o uso de máscara em locais públicos fechados, o que, na opiniºao de Olivier Bonamici, é incompreensível. “Como é que um país desenvolvido como França mostre este atraso? Como é que o país esperou tanto tempo?”. Olivier vê aqui uma Europa a várias velocidades que o correspondente francês não compreende. Para Olivier, “foi o comité científico que levou Macron a sentir-se na obrigação de tomar estas medidas mais apertadas”.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus
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