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Volta a Itália

​Acácio da Silva empurra João Almeida para vitória no Giro

20 out, 2020 - 11:00 • Pedro Castro Alves

O último português a vestir a camisola rosa do Giro d’Italia acredita que João Almeida pode vencer o Giro. "Já nasceu outro campeão e chama-se João Almeida”, diz o ex-ciclista.

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O último português a vestir a camisola rosa do Giro d’Italia, Acácio da Silva, acredita que há uma hipótese de João Almeida vencer a prova.

Acácio da Silva falou a Bola Branca sobre o desempenho de João Almeida na Volta a Itália. O ex-ciclista foi um dos portugueses mais bem-sucedidos de sempre na modalidade e acredita que a nova estrela do ciclismo nacional pode vencer a prova.

"Quem ganhou a Volta a França, o esloveno [Tadej Pogacar], ganhou aos 22 anos” diz o ex-ciclista, rematando “por que não o João, aos 22 anos, ganhar o Giro? Penso que já nasceu outro campeão e chama-se João Almeida”.

Silva conquistou ao todo cinco etapas do Giro e três do Tour de France e vestiu as camisolas rosa e amarela em 1989.

Acácio da Silva defende que João Almeida está numa “boa equipa, que lhe pode dar a mão” e que isso, aliado à sua vontade, faz com que seja preciso “começar a acreditar em rosa em Milão [última etapa]”. O ex-ciclista explica que o atleta português “está-se a defender muito bem no contrarrelógio e nas subidas” e que os rivais “não estão melhor do que ele”.

Em entrevista a Bola Branca, Acácio da Silva mostra-se feliz por ver outro português brilhar na elite do ciclismo mundial.

“Já lá vão 31 anos do meu tempo, hoje é o tempo do João. É bom ver corredores seguir as nossas pegadas, é muito bom para todos nós e para o ciclismo português. Quero agradecer ao João por continuar a levar o nosso nome e o de todos os portugueses por Itália fora. O que ele e o Rúben [Guerreiro] estão a fazer não é fácil”.

O ex-ciclista apelidou o desempenho de João Almeida de “trabalho de mestre” e disse à Renascença que, ao contrário do que já foi dito, a tarefa do português não está facilitada pelo Covid-19.

“Não acredito muito nisso, os outros ciclistas poderiam ter continuado a treinar noutros países e têm altos meios para continuar a treinar em casa”. Relembra que, um mês antes do início do Giro, “houve umas competições mais pequena”, acrescentando que “passámos todos por isto, inclusive o João”.

O Giro d’Italia termina no domingo, com um contrarrelógio de 15,7 quilómetros entre Cernusco sul Naviglio e Milão.

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