19 out, 2020
Não há memória de ter havido um clássico no futebol português que, no rescaldo, não tenha dado lugar a polémica. Por vezes menos contundente, mas noutras forte em demasia e até suscetível de se tornar assunto durante vários dias.
O clássico de sábado, disputado no estádio José Alvalade, entre o Sporting e o Porto não escapou a essa regra, que se tornou já uma imagem de marca do futebol português.
Vítima maior das consequências geradas por tudo o que se viu (e ouviu) é, para já, o clube de Alvalade. O seu treinador foi impedido de orientar a equipa durante toda a segunda parte do desafio, e agora, poderá ficar fora da orientação da equipa, consoante aponte ou não nesse sentido a decisão dos órgãos disciplinares.
Porém, mais do que isso, é a atuação do árbitro Luis Godinho, de Évora, que permanece no centro da discussão. E, sobretudo, porque tomou uma decisão inequívoca que, entretanto, não foi capaz de manter correspondendo a uma intervenção do VAR, a qual os especialistas têm considerado inaceitável, por não existirem dúvidas óbvias e indiscutíveis, quanto à primeira decisão do juiz da partida.
Depois, e como se não bastasse, a intervenção do Presidente dos leões Frederico Varandas, alvo de críticas pelos mais diversos sectores.
Será curioso saber se esses opinadores se manifestaram nos mesmos termos quando Luis Filipe Vieira e Pinto da Costa assumiram posições exatamente iguais.
Ou seja, é possível afirmar que nenhum destes Presidentes jamais tenha sido contundente em finais de jogos dos seus clubes relativamente a atuações de árbitros?
Quem não tem pecado que atire a primeira pedra.