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Revisão constitucional

Chega quer voto obrigatório e sanções para os abstencionistas

19 out, 2020 - 22:43 • Lusa

André Ventura acrescentou proposta ao seu controverso projeto de revisão constitucional, que prevê, entre outras medidas, a abolição aos limites da revisão constitucional e a castração de condenados por crimes de abuso sexual de menores.

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O Chega quer tornar o voto obrigatório para todos os cidadãos que estejam em condições de o fazer. A proposta de André Ventura deu entrada esta segunda-feira, no âmbito do projeto de revisão constitucional admitido pelo presidente da Assembleia da República há dez dias.

Em causa com esta proposta está a alteração da norma do artigo 109.º da Constituição Portuguesa, relativa à “participação política dos cidadãos”.

A nova proposta do deputado único do Chega prevê que “o voto é um direito e um dever de todos os cidadãos maiores de idade, salvo situações de inabilitação legalmente definidas, definindo a legislação eleitoral as sanções aplicáveis em caso de não exercício do direito de voto e os motivos de justificação relevantes”.

O partido justifica esta formulação com “o alheamento dos cidadãos face ao desenrolar da vida política”, considerando que “a consagração do dever jurídico de votar parece ser o caminho certo para garantir o fortalecimento e a sobrevivência do próprio processo democrático”.

Esta proposta junta-se às restantes já apresentadas pelo Chega no âmbito do projeto de revisão constitucional, admitido pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a 9 de outubro.

Entre as mais polémicas figuram a abolição dos limites da revisão constitucional e a remoção dos órgãos genitais a criminosos condenados por violação de menores.

Ambas as propostas já mereceram a reprovação mais ou menos formal dos restantes partidos da oposição.

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