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L. F. Vieira. “Aposta firme minha ganhar um título europeu"

19 out, 2020 - 00:15

O presidente recandidato reafirmou a aposta no triunfo na Europa, com jogadores da formação. Reafirmou que é o último mandato, mas até pode não ser se o Benfica conquistar os quatro campeonatos do mandato.

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O presidente recandidato à presidência do Benfica reafirma que quer conquistar um título europeu no durante durante os próximos quatro anos.

Luís Filipe Vieira, em entrevista na RTP3, referiu: “É uma aposta firme minha ganhar um título europeu. Acho que vou chegar nestes quatro anos. É a única promessa que fiz ao meu pai que falta cumprir”.

Sobre a ideia de o fazer, apostando na formação do Seixal, o atual líder encarnado repetiu uma promessa antiga: “Se os sócios esperaram quatro ou cinco anos, e não sair nenhum jogador, garanto que o Benfica terá equipa para disputar a Champions até à final.”

Neste contexto, “o Seixal vai continuar a ser a nossa prioridade”. “Simplesmente sentimos necessidade de nos reforçar e decidimos colocar alguns jovens a rodar. O Florentino, o Jota e o Gedson quiseram rodar. O Tiago Dantas tem 15 anos de Benfica, não estava a ser titular na equipa B, e quando apareceu o Bayern não lhe ia dizer que não”.

Apesar disso, Vieira reconhece que “para qualquer equipa portuguesa na Champions, a partir dos oitavos de final é uma lotaria. Quando fomos eliminados pelo Bayern [2015/16], nos quartos de final, perdemos lá por 0-1 e cá empatámos 2-2. Podíamos ter eliminado o Bayern”.

Questionado sobre o mais forte investimento no plantel, mesmo em tempos de pandemia, Luís Filipe Vieira explicou a estratégia encarnada: "Nunca o Benfica comprava o Everton por 20 milhões o ano passado. Waldschmidt igual. Darwin será uma referencia do futebol mundial. Jogadores que alem de termos retorno desportivo bastante alto, vamos ter desportivo também. No tempo que vivemos hoje, não é o Benfica Sporting ou Porto, qualquer empresa vai passar dificuldades. E Benfica tem de estar preparado para ela. Posso dizer que há jogadores destes comprados a 5 anos sem juros. Quando se tem credibilidade conseguem-se coisas diabólicas e é nas crises que devemos investir. Benfica será fácil recuperar 100 ou 150 milhões de euros", garantiu.

Nesta entrevista ao “Trio de Ataque”, o atual presidente do Benfica repetiu que o próximo vai ser o seu último mandato à frente do clube da Luz, mas hesitou quando ouviu a pergunta: “E se puder conquistar o penta?”.

Luís Filipe Vieira falou ainda de Cavani e da aposta em Jorge Jesus.

Sobre o avançado uruguaio, Vieira confirmou que “o Benfica fez uma proposta, sensata e a que podia fazer. Tudo levava a querer que íamos fechar, mas quando as coisas começam a demorar pedi a eles para mandarem uma proposta. E quando vou a ver era praticamente o dobro do que tínhamos dito. Disse que não estávamos interessados. Confirmo que tivemos interesse, mas posso garantir que se me tenho encontrado com ele, tínhamos assinado”.

Já quanto a Jorge Jesus, o presidente negou que o técnico seja trunfo eleitoral.

“Não contratei Jorge Jesus para vencer as eleições, até porque se formos a ver ele é um treinador controverso no universo benfiquistas. Falámos em março ou abril e desde aí ficou definido que ia ser o próximo treinador do Benfica”, garantiu na RTP. Na altura, o técnico era Bruno Lage.

O presidente dos encarnados comentou ainda os vários casos de justiça que, alegadamente, o envolvem a si e ao Benfica, nomeadamente o caso Lex: "De certeza que a justiça funciona em Portugal. Não vou ser julgado pela televisão e pelos jornais – aliás, já me fizeram o julgamento. Posso garantir que, se não fosse presidente do Benfica, não estava metido nesse caso porque não pedi nada ao sr. Rui Rangel. Nem ele podia interferir neste meu processo, que é uma dívida que o Estado tem para comigo e andei nove anos para ser ressarcido do meu dinheiro. Quando conhecerem o processo, tirem as ilações. O que eu fiz, todos faziam igual."

As eleições no Benfica estão marcadas para 30 de outubro. Para além de Luís Filipe Vieira, presidente há 17 anos, concorreu ao lugar de presidente encarnado João Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva.

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