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OE 2021

Costa vai reunir-se com o Bloco, PCP e PAN na terça-feira

16 out, 2020 - 23:20 • Lusa

O Governo do PS quer o apoio da esquerda para viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano.

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O primeiro-ministro reúne-se na próxima terça-feira com o Bloco de Esquerda, PCP e PAN para procurar um acordo para a viabilização da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, disse à agência Lusa fonte do executivo.

Na quarta-feira, de acordo a mesma fonte, António Costa terá um encontro também sobre o Orçamento do Estado com o PEV, outro dos parceiros parlamentares do PS desde novembro de 2015.

A Assembleia da República começa em 27 de outubro a debater a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, estando a votação na generalidade marcada para o dia seguinte, 28.

Fontes do Governo e da direção do PS referiram à agência Lusa que o executivo de António Costa ainda não dispõe até hoje de quaisquer garantias políticas dos parceiros parlamentares dos socialistas para a viabilização do Orçamento e que a próxima semana será "decisiva" em relação aos resultados das negociações.

Em entrevista ao jornal "Público", esta sexta-feira, o primeiro-ministro deixou vários avisos ao Bloco de Esquerda, força política que admite votar contra a proposta de Orçamento logo na generalidade caso o Governo não ceda em matérias como os despedimentos, o Novo Banco e âmbito do novo apoio social.

António Costa disse que o limite do Governo nas negociações "é o bom senso e aquilo que é razoável", advertindo que a prioridade não pode passar pela proibição dos despedimentos, mas pelos apoios à manutenção do emprego".

No caso das empresas, de acordo com o primeiro-ministro, não se pode "matar o doente com a cura", sendo necessário "deixar os estabilizadores automáticos da economia funcionaram com controlo".

No caso do Novo Banco, António Costa voltou a defender que em 2021 os contribuintes não vão financiá-lo indiretamente, através do Fundo de Resolução, como tem acontecido nos últimos anos - uma medida que disse ter sido adotada para responder a uma das exigências feitas pelo Bloco de Esquerda ao Governo.

Na entrevista, o primeiro-ministro deixou ainda o reparo de que não gostaria de prosseguir as negociações com o Bloco de Esquerda através do canal [jornal] Público", referindo depois que o seu executivo está a fazer um "esforço de aproximação" do ponto de vista político e até se chegar ao dia da votação final global da proposta de Orçamento há "tempo para procurar ultrapassar divergências".

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