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Pandemia de Covid-19

Marcelo admite medidas "radicais" como recolher obrigatório e não exclui estado de emergência

16 out, 2020 - 18:00 • Redação

Presidente reconhece que regresso ao estado de emergência é de "evitar", mas deixa porta aberta a mais restrições e alerta para "problema grave" se número de mortos" disparar".

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O Presidente da República avisou esta quinta-feira que o país não pode "perder tempo" a debater medidas propostas pelo Governo, como o uso obrigatório da app StayAway Covid ou de máscara nas vias públicas.

Deve, sim, concentrar-se em impedir que a atual situação epidemiológica piore, porque "se o número de mortos disparar para várias dezenas", estaremos a braços com "um problema grave".

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita a Aljezur, Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje que quer "evitar um novo estado de emergência", que "já experimentámos" e que "tem consequências nas vidas das pessoas".

Ainda assim, o Presidente deixa a porta aberta a novas restrições, indicando, por exemplo, a possibilidade de se impôr recolher obrigatório, à semelhança de "outros países" como França e Alemanha.

“Se há um agravamento brutal da situação, que não desejamos, tudo o que tiver de ser decidido será decidido em graus progressivos de intervenção”, avisou Marcelo.

“Ninguém quer que se vá para essas fórmulas radicais, agora, para isso é preciso que as pessoas façam um grande esforço para que pequenas medidas, ou medidas mais limitadas, sejam aplicadas. De cada vez que se diz que é preciso tomar medidas e as pessoas dizem que esta não pode ser, a outra também não... quando se raciocina assim, está-se numa posição que pode ter um risco muito grande.”

O chefe de Estado destaca que existem três indicadores importantes no que toca à situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal – o aumento do número de infeções, o aumento do número de internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) e o número de óbitos.

E sobre este último, alerta que, "se o número de mortes disparar para várias dezenas por dia, aí teremos um problema grave que atravessa toda a sociedade portuguesa".

Esta sexta-feira, o boletim diário Covid-19 emitido pela DGS registou novos recordes de novos infetados (2.608) e de mortos em 24 horas (21).

Face à situação, Marcelo pede que não se perca tempo a debater propostas como o uso obrigatório de máscara nas ruas ou da app StayAway Covid.

O Presidente assume que esta última medida proposta pelo Governo ao Parlamento "é discutível em termos de constitucionalidade", mas "não vamos perder tempo com uma decisão indefinida", remata.

Se a proposta de lei for enviada para o Tribunal Constitucional, haverá uma decisão "em 15 dias ou o mais rápido possível para não termos uma discussão que vai durar meses", adianta Marcelo. "Vamos ver como é que a Assembleia da República vota."

Comentários
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  • Anónimo atento
    17 out, 2020 fora de Lisboa 16:38
    Há GANDA presidente, no verão mandou-se espalhar o virus por todo o país, vao pá praia, visitar estes e aqueles, agora obriga-se a ficar em casa, deve ser para não estar ao pé dos avós que querem matar. Há espera, o presidente não tem família com ele, pois é!
  • Ivo Pestana
    17 out, 2020 Funchal 12:35
    Mas podem matar a economia e depois vivemos de quê? Morreremos de outra coisa qualquer.
  • Filipe
    17 out, 2020 évora 11:19
    Ele tem medo do Costa ... ameaça com queda do Governo e Marcelo encolhe - se cheio de medo de uma crise política . Para mais , não vai à bola com o Rio e fará tudo para o PSD liderado por ele , se afundar cada vez mais . Na guerra de África morriam 600 pessoas por ano ... façam contas agora com este vírus quantas já morreram diretamente , indiretamente e pela frente quantas mais ... podia tudo ser evitado , em casa 15 dias e só sai um por semana para compras durante o tempo necessário . Se querem salvar Portugal ... metam os infetados mesmo sem sintomas num espaço confinado para o efeito , tipo Meo Arena . Aprendam com os Chineses .
  • Joao Rodrigues
    16 out, 2020 Almada 20:32
    Senhor Presidente da Republica para bem dos PORTUGUESES faça isso por favor

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