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António Costa. “A nossa prioridade não é proibir despedimentos, é apoiar a manutenção do emprego”

16 out, 2020 - 07:27

Reafirmou ainda que no próximo ano não haverá dinheiro dos contribuintes a financiar o Fundo de Resolução da banca.

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O primeiro-ministro garante que a prioridade do Governo "não é proibir despedimentos, mas sim apoiar" o emprego.

Em entrevista ao jornal “Público”, António Costa afirmou que o “excesso de rigidez pode significar matar muitos mais postos de trabalho do que aqueles que serão sacrificados para que a empresa se mantenha a funcionar”.

Segundo o governante, no caso das empresas, não se pode “matar o doente com a cura” e o “razoável” – palavra que o líder do executivo socialista utiliza bastante ao longo da entrevista – é “não permitir às empresas abusarem” da crise económica decorrente da pandemia “para fazerem despedimentos que doutra forma não fariam”.

Contudo, é necessário “deixar os estabilizadores automáticos da economia funcionaram com controlo”.

Nesta entrevista, reafirmou que no próximo ano não haverá dinheiro dos contribuintes a financiar o Fundo de Resolução da banca (FdR). “A questão é saber se há dinheiro dos contribuintes a financiar o fundo: não há.”

Questionado sobre a razão pela qual não houve um acordo entre o Governo e o BE sobre esta matéria, Costa respondeu que essa questão tem de ser feita aos bloquistas, uma vez que o Governo fez “aquilo que era razoável”.

“Infelizmente, alguns países têm bancos que precisam dos mecanismos de apoio no FdR, é o nosso caso com o Novo Banco. Depois há um contrato que como qualquer outro deve ser cumprido”, vincou, acrescentando que o que é esperado “de um Estado é que cumpra e honre as suas obrigações”.

Interrogado sobre se a dificuldade na aprovação do orçamento para o próximo ano é sinal de que o Governo está politicamente desgastado, Costa rejeitou essa hipótese e considerou que “há uma enorme diferença entre o que é a bola político-mediática e aquilo que é efetivamente a vontade e o sentimento popular”.

Em relação à evolução da pandemia no país, obrigatoriedade da aplicação para smartphone Stayaway Covid não agrada ao socialista, no entanto, Costa considera que é uma necessidade.

“Se me pergunta se é uma medida de que eu gosto? Não, não gosto da medida. E a ideia de ser obrigatória a aplicação? Não, também não gosto da medida. Se neste momento acho que é necessária? Acho que sim”, sublinhou.

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