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Londres avança com medidas mais severas para suster Covid-19

15 out, 2020 - 11:28 • Lusa

As restrições devem entrar em vigor no fim de semana. “Ninguém quer, mas é considerado necessário para proteger os londrinos”, diz o presidente da Câmara da capital londrina.

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Londres vai ter restrições adicionais para conter a pandemia de Covid-19, passando a ser proibida a sociabilização entre diferentes famílias em espaços interiores a partir de sábado, indicou o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan.

O ‘mayor’ disse que ainda decorrem conversas com o Governo sobre os pormenores, mas a imprensa britânica já adiantou que o ministro da Saúde, Matt Hancock, deverá fazer o anúncio oficial ainda durante a manhã desta quinta-feira.

Khan, que tem vindo a pedir mais restrições para a capital britânica há várias semanas, justificou que a decisão é baseada na recomendação de especialistas para tentar salvar vidas, tendo em conta o crescente número de casos de infeção e hospitalizações.

“Ninguém quer mais restrições, mas isto é considerado necessário para proteger os londrinos”, vincou, numa declaração na assembleia municipal.

A medida deverá afetar quase nove milhões de habitantes na cidade de Londres, que vai passar para o segundo nível numa escala de três do novo sistema de restrições, o qual proíbe a socialização entre pessoas que não façam parte do mesmo agregado familiar em espaços fechados, seja em casa ou locais públicos.

O nível de alerta mais alto – que por enquanto se aplica apenas a Liverpool, mas que o Governo quer alargar a Manchester e Lancashire – também obriga ao encerramento de ‘pubs’ e bares que não sirvam refeições e recomenda às pessoas não entrarem ou saírem dessas áreas com maiores restrições.

Sadiq Khan reiterou ainda ser favorável a um confinamento nacional de duas a três semanas para reduzir o índice de transmissão do vírus e a pressão nos serviços de saúde.

“A verdade é que a crise sanitária e a crise económica estão intimamente ligadas e é por isso que ter o coronavírus sob controlo vai proteger tanto vidas como a economia”, defendeu.

A maior parte da Inglaterra encontra-se no nível mais baixo desta escala de restrições, que proíbe ajuntamentos com mais de seis pessoas e o encerramento de bares e restaurantes às 22h00.

Os maiores surtos de infeções estão a ser registados no Norte e centro do país, enquanto outras regiões do Reino Unido, nomeadamente Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, têm diferentes tipos de regras e restrições em vigor.

A Irlanda do Norte anunciou um confinamento temporário na quarta-feira, incluindo o encerramento de escolas durante duas semanas a partir de segunda-feira, enquanto, a partir já de sexta-feira, bares e restaurantes só poderão servir para fora.

Na Escócia, os bares e restaurantes das áreas de Glasgow e Edimburgo estão fechados até 25 de outubro, e o chefe do governo autónomo do País de Gales, Mark Drakeford, disse esta quinta-feira estar a ponderar “muito seriamente” um confinamento temporário.

O Reino Unido é o país europeu e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, com o maior número de mortes com Covid-19, tendo contabilizado 43.155 confirmadas por teste e 57.690 quando incluídos os casos suspeitos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus.

A pandemia já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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